A DESCENTRALIZAÇÃO DA GESTÃO COMO INSTRUMENTO DO RESGATE DO CARÁTER PÚBLICO DE UM HOSPITAL FILANTRÓPICO

Conclusão

Para estabelecer a nova modalidade de gestão, partiu-se do pressuposto que os fatores determinantes para o sucesso do SUS são de ordem política. Contudo, concordamos com Gastão Campos quando coloca que uma gestão dirigida para viabilizar um processo de mudança, é uma condição necessária, ainda que não suficiente (1990). Assim sendo, nossa expectativa foi a de iniciarmos um processo de construção de novas práticas e relações entre o público e o privado, retomando o caráter público dos serviços contratados pelo SUS, ao mesmo tempo enfatizando o papel da gerência na linha apontada por Motta (1991): “gerência é a arte de pensar, de decidir e agir; é a arte de fazer acontecer, de obter resultados”.

Vecina Neto e Malik (1990) propuseram algumas características para a gestão pública na saúde configurar-se de modo alternativo ao tradicional :

Descentralização administrativa e técnica; autonomia de gestão no nível local; presença de controles internos e externos; processo educativo voltado para garantir a mudança.

Esta experiência nos mostra que a aplicação da gestão alternativa foi primordial para o alcance de  resultados, garantindo o cumprimento das cláusulas contratuais, a melhoria na qualidade da assistência, a maior resolutividade nas ações, a otimização dos recursos e a satisfação do usuário.

Neste sentido, pode-se dizer que os resultados foram satisfatórios no que tange ao resgate do caráter público de um hospital filantrópico.

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Página atualizada em Setembro / 2001