Saúde alerta para cuidados com o armazenamento de água

04/02/2015

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A ameaça de falta de água em algumas cidades do Estado de São Paulo está fazendo com que muitas pessoas optem pelo armazenamento do produto em casa. No entanto, a prática requer diversos cuidados para evitar a proliferação de Aedes aegypti, responsável pela transmissão de dengue e da febre Chikungunya; e de outras doenças.

De acordo com o médico infectologista Rodrigo Angerami, do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) da Secretaria de Saúde de Campinas, na eventualidade de haver o armazenamento de água, os recipientes utilizados para estocagem devem ser adequados (tambores e caixas d’água, por exemplo) e mantidos fechados.

“As temperaturas elevadas e o estabelecimento de potenciais criadouros podem propiciar uma maior capacidade de reprodução do mosquito e, dessa forma, podem aumentar o risco de transmissão das doenças”, explica. A mesma recomendação é válida para caixas d’ água, que devem ser teladas.

Para evitar as duas doenças, é preciso não permitir a proliferação do Aedes aegypti. Para isso, alguns cuidados são essenciais: evitar acúmulo de água, latas, pneus e outros objetos. Os vasos devem ter a água trocada a cada dois dias. As caixas d’água e outros recipientes usados para armazenar água devem ser vedados. Vasos sanitários que não estão sendo usados devem ficar fechados.

A coordenadora da Vigilância Ambiental, Ivanilda Mendes, lembra que, além da dengue, é preferível que a água para consumo humano (beber, cozinhar, tomar banho) seja da torneira. “A água que chega da Sanasa tem garantia de potabilidade (própria para consumo). Use a água armazenada, preferencialmente, para outras finalidades, como para lavar roupas ou descarga”, explica.

Para que a água armazenada para consumo humano esteja em boas condições, é necessário observar alguns cuidados. “A água para consumo humano deve ser armazenada em ambiente higienizado, fechado e à sombra. Nessas condições, ela deve ser consumida em até 48 horas”, explica.

A coordenadora ainda lembra que água obtida em minas não deve ser usada para consumo humano, pois nenhuma mina do município é potável.

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