Saúde remove criadouros e orienta moradores do Fernanda sobre dengue

06/03/2015

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A Secretaria de Saúde de Campinas visitou cerca de 2 mil endereços em 40 quarteirões de seis bairros na abrangência do Jardim Fernanda, desde o dia 23 de fevereiro, quando iniciou um trabalho de arrastão de criadouros de dengue e chikungunya na localidade, que fica ao Sul da cidade. A ação envolve 40 servidores da Saúde e a previsão é de que 4 mil domicílios sejam visitados até o final da atividade. Mais de 20 mil pessoas serão beneficiadas. 

Já foram trabalhados os bairros Fernanda 1, Itaguaçu 1 e 2, Dom Gilberto, Vila Diva e Jardim Puccamp. Antes do arrastão, as equipes promovem visitas casa a casa para informar os moradores sobre a ação e aproveitam para propagar orientações sobre a doença, forma de transmissão, sintomas, prevenção e outras. Se alguém for identificado com sinais de dengue, os agentes orientam a buscar assistência no centro de saúde. 

O arrastão integra a megaoperação contra a doença deflagrada na comunidade em fevereiro e que inclui bloqueio químico – nebulização com inseticida para matar o mosquito adulto da dengue. O arrastão acontece sempre antes da nebulização. 

Segundo a bióloga coordenadora das ações de dengue da Vigilância em Saúde (Visa) Sul, Heloísa Malavasi, é necessária a colaboração da população no combate à doença. “A Prefeitura tem feito sua parte na limpeza e organização da cidade, nas ações de vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental e por meio de campanhas de informação e mobilização social. Mas as medidas só terão efeito se cada um cuidar do próprio espaço, do próprio quintal, da sua rua, do seu bairro”, afirma. 

A agente de controle ambiental, Tânia Cordeiro de Souza, diz que a comunidade da abrangência do Fernanda é bastante receptiva com os profissionais, mas que ainda encontra alguns desafios na área. “Temos encontrando muitas residências com armazenamento inadequado de água, além de caixas d’água sem proteção e da disponibilidade de objetos que podem acumular água. No caso das caixas d´água, colocamos as telas e com relação aos tambores e baldes de águas, orientamos essas pessoas a colocarem tampas ou buscarem telas no Centro de Saúde mais próximo, para que ele não se torne criadouro de Aedes aegypt. Os objetos que possam acumular água e não possam ser inviabilizados ou descartados, devem ser colocados em local coberto”, orienta a agente. 

Tânia reforça que não existe vacina contra a dengue, o que torna a prevenção um desafio ainda maior. “Temos intensificado as campanhas de mobilização social e mantido equipes para visitas de porta em porta. Além disso, é necessário que a população colabore de maneira disciplinada”, afirma. 

Em 2015, em Campinas, foram confirmados 614 casos de dengue em janeiro e 274 em fevereiro (balanço até o dia 4 de março). A região Sul, especialmente a área de abrangência dos CSs Fernanda, Campo Belo e São Domingos, registrou 311 nos dois meses.


Crédito: Fernanda Sunega
Ação inclui remoção de criadouros

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