Nota - Dengue

06/08/2015

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O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Secretaria de Saúde de Campinas informa nesta quinta-feira, 6 de agosto, que em 2015 a cidade registrou 59.150 casos confirmados de dengue. Foram registrados 1.458 casos em janeiro, 6.930 em fevereiro, 24.257 em março, 18.976 em abril, 6.399 em maio, 1.074 em junho, 56 em julho e, até o momento, nenhum em agosto.  

Os números dos últimos meses confirmam que neste ano o pico da epidemia foi antecipado para março. Há 219 casos em investigação e 2.056 foram descartados. Mais quatro mortes foram confirmadas, uma continua em investigação e duas foram descartadas. No total, a cidade registrou 11 mortes.  

Historicamente, o período de janeiro a maio é o de maior incidência de dengue, por conta das condições climáticas que favorecem a proliferação do mosquito transmissor.  

Neste ano, o País registrou mais que o dobro nas notificações de casos de dengue até o final de maio, comparado ao mesmo período do ano passado.  

As autoridades sanitárias ressaltam que a situação climática deve ser levada em consideração, já que fez mais calor nos últimos meses do que a média histórica registrada no mesmo período nas décadas anteriores. Também contribuiu a escassez de água, situação que levou as pessoas a estocar o produto em reservatórios domésticos sem a devida proteção, se constituindo em criadouros para o mosquito Aedes aegypti. 

A adaptação do vetor ao meio ambiente urbano, especialmente ao comportamento contemporâneo do intenso consumo de materiais descartáveis e destinação inadequada destes, é um dos determinantes do aumento do número de criadouros e proliferação do mosquito. O Aedes aegypti utiliza, principalmente, criadouros artificiais, como recipientes de plástico, pneus, latas (com destaque para as calhas e caixas d'água de difícil acesso) e outros produtos descartados e armazenados incorretamente pelas pessoas. 

De acordo com informações do trabalho de campo realizado pela Secretaria de Saúde, pelo menos 80% dos criadouros do mosquito estão nas casas e quintais das pessoas. 

 

Balanço das ações contra a dengue na cidade: 

- 480 mil toneladas de entulhos foram removidas desde 2013 pela Secretaria de Serviços Públicos;

- 30 mil caixas d'água foram teladas desde 2013;

- Mais de 500 toneladas de criadouros (potes, latas, garrafas, etc) foram removidas pelas equipes de saúde;

- 4.870 proprietários foram intimados a fazer a limpeza de seus terrenos desde 2013;

- 2.791 proprietários foram notificados a manter suas calçadas em ordem, desde 2013;

- 250 mil imóveis foram visitados pelas equipes de saúde desde 2014 para remoção de criadouros e para ações de educação e mobilização social;

- Mais de 50 mil imóveis foram nebulizados em 2015;

- 46 córregos e ribeirões foram limpos (manutenção e desassoreamento);

- 900 prédios públicos, entre escolas, centros de saúde e outros foram vistoriados pela Sanasa para manutenção e telamento de caixas d'água;

- 52 mil alunos receberam revistas educativas com informações sobre a dengue;

- Mais de 2 mil pessoas foram envolvidas diretamente em ações de mobilização promovidas em escolas de todas as regiões da cidade. O trabalho foi realizado de forma intersetorial e envolveu diversas secretarias e autarquias municipais;

- O prefeito Jonas Donizette sancionou a lei que impõe aos proprietários de imóveis fechados obrigações relativas à manutenção e limpeza, de forma que as edificações fiquem livres de criadouros;

- A Prefeitura estabeleceu parceria com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) para prevenção da doença em imóveis fechados para venda ou locação. Mais de 15 mil endereços foram trabalhados por meio desta parceria;

- A Secretaria de Saúde preparou a rede pública municipal de assistência do município para garantir atendimento qualificado a todos os pacientes com dengue, medida que impactou na redução dos casos graves e óbitos. Tal forma de organização foi, inclusive, citada como referência exitosa pela coordenação do Programa Nacional de Controle da Dengue, que considerou Campinas como o melhor exemplo de organização da rede e sistematização de assistência aos pacientes com dengue no País.

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