Centro de Saúde São Cristóvão inicia megaoperação de combate à dengue

20/01/2004

Denize Assis

O Centro de Saúde (CS) São Cristóvão, na região Sudoeste de Campinas, iniciou na última segunda-feira, 19 de janeiro, uma megaoperação de combate à dengue. As ações incluem retirada de criadouros, busca ativa de casos suspeitos e atividades educativas para conscientização da comunidade. A previsão é de que os trabalhos durem dois meses.

Em 2.003, na abrangência do São Cristóvão, foram confirmados oito casos de dengue. A Sudoeste foi a Região com o maior número de casos no ano passado e registrou 144 ocorrências. Em todo município foram 451.

De acordo com a enfermeira Eliana Cristina Petoilho, coordenadora do CS São Cristóvão, os trabalhos estão divididos entre as três equipes do Paidéia que atuam na unidade e vão ocorrer sucessivamente no território de responsabilidade de cada uma delas. O CS é referência para aproximadamente 18 mil pessoas de 20 bairros, duas favelas e quatro ocupações além de chácaras e sítios.

Entre os dias 19 e 28 de janeiro, as atividades ocorrem na área de responsabilidade da equipe amarela que inclui Vila Princesa, Jardim Esplanada, Jardim Primavera, Jardim Ademar de Barros e Parque das Indústrias. Em 29 de janeiro, um caminhão vai passar nestes locais para retirar criadouros e entulhos que deverão ser separados durante as ações em campo.

De 29 de janeiro a 7 de fevereiro, as ações ocorrem na área da equipe verde que abrange o Jardim São Cristóvão, Jardim São Pedro, parte do Jardim Planalto e parte do Jardim Aeronave. O caminhão retira os criadouros em 12 de fevereiro.

No período de 9 de fevereiro a 18 de fevereiro, a equipe azul realiza ações nos bairros Jardim Novo Planalto, Jardim Aeronave e Núcleo 28 de Fevereiro. A retirada do material removido durante os trabalhos será em 19 de fevereiro.

Na área rural, as ações ocorrem nos dias 1 de fevereiro e 3 de março e o caminhão para retirada do material circula no dia 4 de março. Nos dias 8, 9 e 11 de março, as equipes atuam na área interna do Aeroporto de Viracopos.

Segundo a agente comunitária de saúde Luciana Elvira Feola, os principais criadouros encontrados na área são pratos e vasos de planta, potes, latas, garrafas e pneus entre outros. Além disso, de acordo com Luciana, a região ainda tem muitos pontos de risco, que são estabelecimentos que pela natureza da sua atividade representam potencial risco para a proliferação do mosquito da dengue como ferro-velho, sucateiros e recicladores. "Nestes locais, as equipes desenvolvem ação específica de orientação para proprietários e inviabilização de criadouros", diz.

O primeiro sinal da dengue é febre acompanhada de um ou mais sintomas como dor de cabeça e no corpo e manchas avermelhadas na pele. Ao apresentar algum sintoma compatível com a doença, a pessoa deve procurar o Centro de Saúde rapidamente para avaliação e cuidados da equipe. O paciente não deve se automedicar. Remédios à base de ácido acetilsalissíco, como aspirina, não podem ser ingeridos em caso de suspeita de dengue.

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