Denize Assis
O Centro de
Saúde (CS) São Cristóvão, na região Sudoeste de Campinas,
iniciou na última segunda-feira, 19 de janeiro, uma megaoperação
de combate à dengue. As ações incluem retirada de
criadouros, busca ativa de casos suspeitos e atividades
educativas para conscientização da comunidade. A previsão
é de que os trabalhos durem dois meses.
Em 2.003, na
abrangência do São Cristóvão, foram confirmados oito casos
de dengue. A Sudoeste foi a Região com o maior número de
casos no ano passado e registrou 144 ocorrências. Em todo
município foram 451.
De acordo com
a enfermeira Eliana Cristina Petoilho, coordenadora do CS São
Cristóvão, os trabalhos estão divididos entre as três
equipes do Paidéia que atuam na unidade e vão ocorrer
sucessivamente no território de responsabilidade de cada uma
delas. O CS é referência para aproximadamente 18 mil pessoas
de 20 bairros, duas favelas e quatro ocupações além de chácaras
e sítios.
Entre os dias
19 e 28 de janeiro, as atividades ocorrem na área de
responsabilidade da equipe amarela que inclui Vila Princesa,
Jardim Esplanada, Jardim Primavera, Jardim Ademar de Barros e
Parque das Indústrias. Em 29 de janeiro, um caminhão vai
passar nestes locais para retirar criadouros e entulhos que
deverão ser separados durante as ações em campo.
De 29 de
janeiro a 7 de fevereiro, as ações ocorrem na área da
equipe verde que abrange o Jardim São Cristóvão, Jardim São
Pedro, parte do Jardim Planalto e parte do Jardim Aeronave. O
caminhão retira os criadouros em 12 de fevereiro.
No período
de 9 de fevereiro a 18 de fevereiro, a equipe azul realiza ações
nos bairros Jardim Novo Planalto, Jardim Aeronave e Núcleo 28
de Fevereiro. A retirada do material removido durante os
trabalhos será em 19 de fevereiro.
Na área
rural, as ações ocorrem nos dias 1 de fevereiro e 3 de março
e o caminhão para retirada do material circula no dia 4 de
março. Nos dias 8, 9 e 11 de março, as equipes atuam na área
interna do Aeroporto de Viracopos.
Segundo a
agente comunitária de saúde Luciana Elvira Feola, os
principais criadouros encontrados na área são pratos e vasos
de planta, potes, latas, garrafas e pneus entre outros. Além
disso, de acordo com Luciana, a região ainda tem muitos
pontos de risco, que são estabelecimentos que pela natureza
da sua atividade representam potencial risco para a proliferação
do mosquito da dengue como ferro-velho, sucateiros e
recicladores. "Nestes locais, as equipes desenvolvem ação
específica de orientação para proprietários e inviabilização
de criadouros", diz.
O primeiro
sinal da dengue é febre acompanhada de um ou mais sintomas
como dor de cabeça e no corpo e manchas avermelhadas na pele.
Ao apresentar algum sintoma compatível com a doença, a
pessoa deve procurar o Centro de Saúde rapidamente para
avaliação e cuidados da equipe. O paciente não deve se
automedicar. Remédios à base de ácido acetilsalissíco,
como aspirina, não podem ser ingeridos em caso de suspeita de
dengue.