Denize Assis
O Centro de
Saúde São Domingos, região Sul de Campinas, iniciou na última
quarta-feira, 28 de janeiro, uma megaoperação de aplicação
de BTI, larvicida biológico que tem o poder de matar a larva
do mosquito da dengue (Aedes aegypti), nos bairros
Jardim Campo Belo 2, Cidade Singer, Campituba, Itaguaçu,
Puccamp e Jardim Ipanema.
Esta
microrregião registrou, em 2002, o maior número de casos de
dengue de todo o histórico de epidemias da doença em
Campinas. Em todo o município, naquele ano, foram registrados
1.458 ocorrências, das quais mais de 480 – 469 dengue clássico
e 11 dengue hemorrágico - eram referentes a moradores da
abrangência do São Domingos.
De acordo com
Giovanni Legendre Del Gallo, supervisor de controle ambiental
da Secretaria de Saúde, parte desta comunidade não dispõe
da rede da Sanasa e, portanto, armazena água em tambores e
outros recipientes, condição que favorece a proliferação
de mosquitos. "A aplicação do BTI diminui da infestação
do Aedes aegypti e reduz os riscos de infecção da
doença", diz Giovanni.
O supervisor
informa que, por ser um produto biológico, o BTI não causa
danos à saúde. E que, mesmo assim, a aplicação é feita
somente nos recipientes que armazenam água que não é de
beber. Durante a ação, as pessoas são orientadas quanto aos
riscos da dengue e sobre como combater o mosquito. Moradores
com sinais suspeitos da doença são encaminhados ao CS São
domingos ou ao Módulo de Saúde do Paidéia do Jardim
Fernanda.
A megaoperação,
que deve durar de duas a três semanas, também inclui colocação
de telas milimetradas nos recipientes. A telagem impede que a
fêmea do mosquito tenha acesso à água. Para o conjunto de ações
foram mobilizados 20 agentes comunitários de saúde e dois
ajudantes de controle ambiental, além de um supervisor de
controle ambiental.