A
Secretaria de Saúde de Campinas divulgou nesta
quinta-feira, 5 de janeiro, para toda rede pública
municipal de saúde, informe em que reforça orientações
para situações de inundações, enchentes e
alagamentos. A iniciativa da pasta atende ao Decreto
15.337, de 13 de dezembro de 2005, que estabelece a
Operação Verão do Sistema Municipal de Defesa Civil
e outros Órgãos da Administração Pública.
Foram
incluídas no documento recomendações de acordo com
o Plano de Contingência de Vigilância em Saúde
frente a Inundações, divulgado ontem pelo Ministério
da Saúde para secretarias municipais e estaduais de
todo País. O informe também estabelece um fluxo
quanto às situações que ocorrerem à noite, nos
finais de semana e feriados, quando a Vigilância em
Saúde (Visa) mantém um plantão.
"O
documento divulgado hoje tem como objetivo
sensibilizar, reforçar e acrescentar orientações, já
que trata de ações que normalmente são
desencadeadas pelas equipes imediatamente após a
ocorrência de fenômenos que representam risco à saúde,
ao patrimônio e ao meio ambiente", afirma a
enfermeira sanitarista Maria Filomena Gouveia Vilela,
da Vigilância em Saúde Municipal.
O
informe reforça que as equipes de saúde devem ser
mobilizadas para visitar locais atingidos para diagnóstico
da situação, encaminhamento e orientações à
população. Também recomenda que os profissionais
tenham atenção redobrada para sintomas das doenças
transmitidas pela água, por vetores, por alimentos
contaminados e para o risco de acidentes com animais
peçonhentos.
Segundo
a Vigilância em Saúde, a população atingida por
alagamentos está mais exposta a riscos de doenças
diarréicas e a outros agravos como leptospirose,
hepatite A, febre tifóide, dengue e tétano. "O
alerta é para que os profissionais orientem as
comunidades e, mediante sintomas, suspeitem, façam
diagnóstico precoce e iniciem imediatamente
tratamento", diz o médico veterinário
sanitarista Antonio Carlos Coelho Figueiredo, da
Secretaria Municipal de Saúde.
Entre
os procedimentos reforçados no documento consta a
realização seletiva da vacinação contra o tétano.
"Se houver condição técnica, a vacina é feita
no próprio local de moradia. Caso contrário, a
pessoa é encaminhada ao Centro de Saúde",
informa Figueiredo.
O
informe enfatiza também a necessidade de distribuir,
para a população atingida, hipoclorito de sódio (ou
cloro), que serve para desinfecção dos ambientes,
superfícies e de caixas d´água e também para
desinfecção da água de beber, se necessário.
Indica ainda que os moradores devem ser orientados
sobre a maneira correta de usar o produto e a
necessidade de descartar alimentos molhados pela água
da enchente e de limpar enlatados ou outras embalagens
impermeáveis antes de abri-los.
Ainda
segundo o documento, na necessidade de alojamento das
pessoas em abrigos, é preciso verificar condições
sanitárias do local e disponibilidade de água
tratada. Em relação a estabelecimentos comerciais,
as equipes devem orientar quanto aos produtos
contaminados.
Ocorrências.
Em relação às ocorrências já verificadas esta
semana no município, a Secretaria de Saúde prestou
toda assistência e apoio com o deslocamento das
equipes das Visas e dos Centros de Saúde para as
comunidades atingidas, como o Jardim Paraíso de
Viracopos e a Vila União.
Denize
Assis