Vigilância em Saúde faz levantamento sobre infestação do mosquito da dengue

20/01/2011

Autor: Marco Aurélio Capitão

A Vigilância em Saúde (Visa) da Prefeitura de Campinas, com apoio das unidades de saúde dos cinco Distritos de Saúde, conclui nesta semana mais um levantamento sobre a infestação do mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus da dengue. O estudo, tecnicamente chamado de pesquisa de Índice de Breteau (IB), aponta o número de criadouros com larvas encontrados a cada 100 residências.

As áreas a serem pesquisadas, conforme explica A médica veterinária da Vigilância em Saúde (Visa), Andrea Von Zuben, são definidas aleatoriamente, por sorteio. “Uma vez definido o quarteirão, nossos agentes de saúde, que acabaram de concluir uma nova fase de treinamento, fazem um pente fino nas casas. Por meio do índice breteau – explica a médica veterinária, podemos obter a proporção de larvas do Aedes aegypti em relação ao total de larvas coletadas, bem como a proporção de domicílios positivados, isto é, que apresentaram larvas, na relação como todos os domicílios visitados”.

Andrea Voin Zuben explica que com esses dados é possível avaliar os locais mais infestados, bem como os criadouros predominantes para que a Secretaria de Saúde possa tomar medidas de controle do mosquito com maior precisão.

Região Sudoeste

No caso da Região Sudoeste de Saúde, além do levantamento sobre a infestação do mosquito Aedes aegypti (IB), a Coordenadoria do Programa de Dengue da Região Sudoeste contará, ainda, nesta quinta-feira, dia 20, com dois caminhões cedidos pela Administração Regional (AR 7), que terão a função de recolher pneus e outros utensílios que possam servir de criadouros do mosquito.

Os dois caminhões, segundo o coordenador do Programa de Dengue da Região Sudoeste, José Santos Cossermelli, seguirão em dois eixos principais para fazer a coleta em pontos pré-determinados. As ações do Distrito de Saúde Sudoeste ocorrem nas áreas de abrangência dos Centros de Saúde União dos Bairros, Santa Lúcia, Aeroporto, Campos Elíseos (Tancredão), Vista Alegre, Capivari, Dic I, Dic III, São Cristóvão, Itatinga, V. União / CAIC e Santo Antônio.

Números finais

De acordo com os dados divulgados no início desta semana pela Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, Campinas encerrou 2010 com 2.647 casos confirmados, o que aponta uma taxa de incidência acumulada no ano de 244,3 casos por 100.000 habitantes. O pior ano da série histórica foi 2007 quando foram registrados cerca de 10 mil casos na cidade, com 1.089,4 casos de dengue por 100.000 habitantes. Em 2008 foram 277 casos registrados, com 28,8 casos por 100 mil habitantes e, em 2009, 201 casos, com 18,6 casos por 100 mil habitantes.

Entre as principais cidades da Região Metropolitana (RMC), segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, Campinas, com 244,3 casos/100 mil habitantes é a cidade que apresenta a menor incidência. Na sequência de dados, aparecem os municípios de Americana, com 276,8 casos/100 mil habitantes, Sumaré, com 524,3 casos/100 mil habitantes, Hortolândia com 537,3 casos/100 mil habitantes, Santa Bárbara D’Oeste, 620,9 casos/100 mil habitantes e Nova Odessa, com 775,1 casos/100 mil habitantes.

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