Região Sudoeste tem maior incidência de casos de dengue

18/01/2013

Autor: Marina Avancini

A região de Campinas com maior incidência de dengue em 2012 foi Sudoeste. Dos 967 casos confirmados no ano passado, 534 foram registradas naquela região.

Entre os bairros localizados do lado Sudoeste de Campinas estão o Santa Lúcia, Jardim Aeroporto, Campos Elíseos, Vista Alegre, Jardim Capivari, Vila Vitória, DICs, São Cristóvão, Jardim Itatinga, Vila União e Santo Antônio.

A região Sul está em 2º lugar no número de casos da doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Em 2012 foram detectados 139. O bairro Campo Belo é o que mais chama a atenção do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde), com seis casos confirmados em dezembro. Além disso, atualmente há 20 suspeitos notificados. Os resultados destes exames ainda estão em análise no Instituto Adolfo Lutz.

Os demais registros de dengue estão nas regiões Noroeste (101), Leste (99) e Norte (94).

De acordo com a coordenadora do Programa de Combate à Dengue, Tessa Roesler, as equipes de combate à dengue trabalham de segunda a sexta-feira na busca ativa. "Sempre que é encontrado um caso suspeito há um trabalho de conscientização da população e de remoção dos criadouros em todo o quarteirão e também nos quatro quarteirões do entorno", explica Tessa. Segundo ela, os locais com casos positivos recebem o mesmo cuidado, mas em um raio de 200 metros.

Em 2011, Campinas teve 3.180 confirmações da doença. No ano passado, o número foi 69,5% menor. "Apesar da queda, a população ainda precisa ficar atenta aos cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito transmissor", alerta a coordenadora.

Vírus tipo 4

Em 2012, desde a reintrodução da dengue, nos anos 90, a cidade registrou o primeiro caso do vírus tipo 4, que circula no País desde 2010 e foi notificado no Estado de São Paulo em 2011. Antes de Campinas, duas cidades da região tiveram casos do tipo 4 confirmados.

O vírus tipo 4 da dengue não é mais perigoso que os demais, mas as pessoas que já contraíram a doença continuam suscetíveis. Além disso, o risco de a dengue se manifestar de forma mais grave é maior quando a doença é contraída pela segunda vez.

A coordenadora explica que a dengue é uma doença cíclica. "Em 2011 aconteceu a segunda maior epidemia de Campinas. Sempre há uma redução no volume de casos no ano seguinte a uma epidemia", diz.

Cuidados

Para evitar a proliferação do mosquito da dengue é preciso acabar com o acúmulo de água. Os vasos devem ter a água trocada a cada dois dias. "É importante, também, vedar a caixa d'água. Os vasos sanitários que não estão sendo usados devem ficar fechados", comenta Tessa.

Em caso de febre, mal estar, dor no corpo, acompanhados ou não de outros sintomas, é preciso procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e acompanhamento.

Volta ao índice de notícias