Saúde reforça ofensiva contra Aedes aegypti

02/02/2007

A Secretaria de Saúde de Campinas intensificou, a partir da última semana de janeiro, a ofensiva contra o Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue, em áreas apontadas como prioritárias – que são aquelas com casos suspeitos e confirmados da doença e com infestação de mosquito e disponibilidade de criadouros - nas cinco regiões do município.

Norte.

Na região norte, na quarta-feira, 31 de janeiro, as equipes atuaram no condomínio Residencial Barão do Café, que fica na estrada da Rhodia. Os agentes comunitários de saúde visitaram 374 endereços para orientar a comunidade e inviabilizar criadouros.

Noroeste.

Na região noroeste, as equipes reforçaram desde a última quinta-feira, 1 de fevereiro, as ações de controle na área do Centro de Saúde (CS) Floresta, local onde foi confirmada transmissão da doença.

Os trabalhos incluem busca ativa para verificar outros casos de dengue nas imediações, trabalhos de limpeza urbana e mobilização e informação da comunidade. “Não podemos baixar a guarda”, diz Rodrigo Antonio Araújo Pires, técnico da Vigilância em Saúde (Visa) Noroeste.

Rodrigo informa que, na terça-feira, dia 6, nas imediações do Centro de Saúde Floresta será promovido um grande arrastão de criadouros do mosquito. Neste dia, as pessoas devem colocar na calçada tudo que não tem mais serventia em sua casa - principalmente latas, garrafas, pneus e qualquer outro recipiente que possa acumular água – para que o caminhão da Prefeitura possa levar embora.

A Visa Noroeste também orienta que, se alguém apresentar febre, acompanhada ou não de outro sintoma da dengue, deve procurar a unidade de saúde para esclarecer a causa. 

Sul.

Nesta sexta-feira, dia 2, na região sul, a Visa promove ação na área do Centro de Saúde Faria Lima. Também na sul, está sendo programada uma ação nos bairros Icaraí, Gleba B, Saltinho e Jardins Noêmia, Nossa Senhora de Lourdes, do Lago e Irajá, todos na abrangência do Centro de Saúde Carvalho de Moura. A ação inclui roçada de mato e retirada de lixo, além de ações de educação em saúde, comunicação e mobilização social.

Leste e sudoeste.

Na região leste, as equipes da Visa promovem trabalho de retirada de criadouros na segunda-feira, 5, na rua Cásper Líbero, 142, Ponte Preta. Na sudoeste, serão promovidas ações na quinta-feira, 8, na abrangência do CS Itatinga.

Breteau.

Na segunda-feira, 5, a Secretaria de Saúde inicia mais um levantamento – o primeiro de 2007 - sobre a infestação do mosquito Aedes aegypt. Chamado tecnicamente de pesquisa de Índice de Breteau, o levantamento apresenta uma ‘radiografia’ do município que permite a identificação dos locais onde estão concentrados os criadouros do mosquito e o tipo de criadouro predominante.

O resultado é utilizado como um dos indicadores pelas equipes da Saúde para direcionar medidas de controle da doença para áreas de maior risco. São medidas como mutirão de limpeza, incremento do trabalho de campo, ações de educação em saúde, comunicação e mobilização da comunidade, entre outras medidas.

“A partir do resultado do Breteau, além da ocorrência de casos suspeitos e confirmados, pode-se concentrar os esforços de combate ao mosquito nos locais corretos. Se o criadouro predominante for o lixo, a prefeitura local pode implementar um mutirão de limpeza, por exemplo. Isso mobilizando também a sociedade, uma vez que ações como tampar caixas d'água, eliminar pneus velhos ou colocar areia no prato do vaso de planta contribuem em muito para combater a dengue”, diz o secretário municipal de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva.

Dados.

Este ano, Campinas notificou 198 casos suspeitos de dengue. Entre eles, até o momento, foram confirmados 33, sendo oito autóctones, seis importados e 19 que ainda estão em investigação para que se saiba se a pessoa contraiu a doença em Campinas ou em outra cidade. Em 2006, Campinas registrou 870 casos de dengue, sendo 683 autóctones.

Denize Assis

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