Campinas reforça ações contra dengue Durante Semana Estadual de Mobilização

19/02/2010

Autor: Denize Assis

Equipes da Secretaria Municipal de Saúde promovem nesta sexta-feira, dia 19 de fevereiro, ações de combate à dengue em bairros da região Sul de Campinas. Os trabalhos, sob coordenação da Vigilância em Saúde Sul, ocorrem na Vila Lemos, na abrangência do Centro de Saúde (CS) Paranapanema, e na Vila Vitória, na abrangência do CS Vila Ipê. Do início do ano até agora, em Campinas, 54 pessoas adoeceram com dengue. No ano passado, no mesmo período, foram 17 doentes.

Na Vila Lemos, será promovido bloqueio químico – nebulização com veneno – em residências nas proximidades da igreja Nossa Senhora Aparecida. O objetivo é bloquear a transmissão. Dois moradores do local adoeceram de dengue em 2010. No ano passado, a mesma comunidade sofreu um surto de dengue com mais de 25 pessoas doentes.

A expectativa é atingir mais de 1,2 mil imóveis entre amanhã e sábado, se as condições climáticas forem favoráveis, já que a chuva e o vento impedem o trabalho. No sábado, a ação será em escolas, creches e outros prédios que recebem grande concentração de pessoas. A medida integra o conjunto de ações para intensificação da ofensiva contra a doença na cidade.

Antes da nebulização, as equipes de saúde visitam as casas para retirada e inviabilização de criadouros do mosquito Aedes aegypti – vetor da dengue -, busca ativa de pacientes com sintomas da doença e ações de educação em saúde, comunicação e mobilização social. As famílias também são orientadas sobre como preparar o domicílio para a aplicação química.

Segundo a supervisora de controle ambiental da Visa Sul, Tânia Camila, para que a ação alcance o objetivo é necessário que a população colabore e permita a entrada das equipes. Se a pessoa não puder estar em casa, ela pode deixar a chave com um responsável. A aplicação química só não é feita se no domicílio houver acamado, idoso, bebê ou em outras situações especiais que são informadas antes.

Cata-bagulho. Também na região sul, na Vila Vitória, ocorre cata-bagulho com retirada de todo material inservível. As ações serão desenvolvidas por uma equipe de agentes comunitários de saúde e pela supervisora de controle ambiental Margarete Isaque.

Os técnicos também vão orientar os moradores em relação à doença e informar sobre sintomas, quando procurar o centro de saúde e, principalmente, sobre a necessidade de eliminar criadouros em qualquer época do ano, independente de fazer frio, calor, chuva ou estiagem. “Estas medidas devem ser diárias, em qualquer época do ano. Nesta época do ano, nossa preocupação é ainda maior por causa do calor e chuva e principalmente por ser uma época pós carnaval”, informa Margarete.

A Vigilância em Saúde está alerta para a possibilidade de aumento de casos neste período pós Carnaval. Segundo a Vigilância, durante o feriado as pessoas viajam para locais onde há transmissão e, ao retornar, encontram em Campinas o mosquito vetor da doença e assim é desencadeada uma nova transmissão no município.

Este ano, segundo a Vigilância em Saúde, o número de casos importados já mostra o risco aumentado de transmissão em Campinas. Dos 54 casos, 28 foram importados – quando a pessoa contrai a doença em outro município. Por isso, o importante é que a população se conscientize da importância de eliminar focos em suas residências, já que, se não houver mosquito, mesmo que a pessoa chegue doente, não há transmissão.

No último levantamento sobre a infestação pelo mosquito da dengue em Campinas, realizado no final de dezembro, o índice foi de 3,3, o maior já identificado no município no referido mês desde 2001. Quanto mais alto o índice, maior risco de transmissão.

Volta ao índice de notícias