Prefeitura remove 5 toneladas de entulhos em ação contra a dengue

04/03/2004

Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas, em parceria com equipes da Administração Regional (AR1) e da Ecocamp, removeu mais de cinco toneladas de entulhos e outros materiais numa mega-operação contra a dengue realizada na última segunda-feira, 1 de março, num prédio abandonado ainda em construção pela falida Construtora Encol.

A obra, que fica na rua Comendador Luís J. T. de Queiroz, em frente ao número 155, Botafogo (região Leste), tornou-se um local de alto risco para a saúde pública por propiciar a proliferação de mosquito, ratos, baratas, escorpiões entre outros vetores de doença.

"A situação é ainda mais grave porque o local abriga seis famílias que constituem uma população de trinta pessoas, muitas delas crianças", diz Janilce Souza, supervisora de controle ambiental da Prefeitura. A supervisora informa que os moradores foram conscientizados sobre os riscos e orientados sobre como proceder para reduzi-los.

A mega-operação prossegue na próxima segunda-feira, 8 de março. Nesta primeira etapa foram utilizados dois caminhões e uma retroescavadeira. O material removido foi levado para o aterro sanitário.

Levantamento da Secretaria de Saúde aponta que há pelo menos 38 prédios abandonados inacabados na cidade. Destes, segundo informações obtidas pela Prefeitura, 10 são da Encol e estão todos localizados na Região Leste de Campinas. Estas construções são pontos de risco para a dengue porque propiciam a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus que causa a doença, e para várias outras doenças.

Os sintomas da dengue são febre, dor de cabeça e no corpo e fraqueza. Também podem surgir manchas pelo corpo. Ao apresentar algum destes sinais, a pessoa deve procurar o Centro de Saúde o mais rápido possível.

Desde janeiro de 2004, a Vigilância em Saúde de Campinas registrou 15 casos de dengue dos quais 5 referem-se a pessoas que foram infectadas no próprio município – são os chamados casos autóctones. Um caso ainda está sendo investigado e os nove restantes são de cidadãos que contraíram a doença em viagens a outras cidades – casos importados.

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