Para marcar o Dia
Mundial de Luta Contra a Tuberculose, comemorado em
24 de março, os Centros de Saúde da Prefeitura de
Campinas promovem durante todo mês de março ações de
educação em saúde, comunicação e mobilização social
sobre o tema. As unidades intensificaram
principalmente nesta semana a busca ativa de casos
suspeitos e as informações nas salas de recepção.
Além disso, nesta sexta-feira, dia 23, equipes da
Secretaria Municipal de Saúde participam em São
Paulo do Fórum de Tuberculose.
O Secretário
Municipal de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva,
reafirma que o controle da tuberculose é uma
prioridade do seu governo e faz parte do Pacto de
Gestão do SUS. “Trabalhamos em sintonia com os
Programas Nacional e Estadual de Controle da
Tuberculose, que buscam a redução dos casos e das
mortes pela doença. Em Campinas, temos conseguido
avanços”, disse.
Considerada uma
doença ‘persistente’, a tuberculose atinge,
atualmente, um terço da população mundial, com cerca
de 8 milhões de casos novos a cada ano, o que
significa 23 mil doentes detectados por dia. São 2
milhões de mortes por ano, 5 mil mortes a cada dia,
uma morte a cada 15 segundos.
Em Campinas, em 2006,
foram registrados 302 casos novos da doença, numa
taxa de incidência de 30 para cada grupo de 100 mil
habitantes. Houve 11 mortes, segundo dados
provisórios da Vigilância em Saúde (Visa) do
município. O sucesso do tratamento ficou em torno de
73% e a taxa de abandono foi de 10,5%. A maior
população atingida é na faixa etária de 30 a 49
anos, com prevalência do sexo masculino.
A enfermeira
sanitarista Maria do Carmo Ferreira, da Vigilância
em Saúde (Visa) de Campinas, afirma que nos últimos
anos o município melhorou a taxa de cura, ampliou a
cobertura do tratamento supervisionado e melhorou o
diagnóstico de co-infecção pelo HIV entre pacientes
com tuberculose – em 2006 a taxa de pacientes com
co-infecção foi de 16%.
“Mas os desafios
ainda são muitos e entre as metas da Secretaria
Municipal de Saúde constam fazer busca ativa de
casos, ampliar do tratamento supervisionado,
diminuir o abandono, melhorar a taxa de cura,
ampliar o controle da tuberculose nos presídios e
aprimorar o sistema de informações”, diz Carmo
Ferreira.
A tuberculose é uma
doença grave, transmitida pelo paciente ao falar,
espirrar ou tossir, por meio das gotas de secreção
respiratória que se propagam pelo ar. Causada por um
microorganismo, o bacilo de Koch, cientificamente
chamado Mycobacterium tuberculosis, a
enfermidade pode atingir todos os órgãos do corpo,
em especial os pulmões. O diagnóstico da doença é
fácil e barato, o tratamento está disponível na rede
pública de saúde e é eficaz.
O sintoma mais
freqüente da tuberculose é a tosse, muitas vezes
acompanha de escarro. Também podem surgir febre
baixa, geralmente no final da tarde, fraqueza no
corpo, perda de apetite, dores no peito e nas
costas, suores noturnos e, às vezes, escarro com
sangue.
De acordo com a
enfermeira sanitarista Brigina Kemp, a orientação
para a população é que procure o centro de saúde ao
apresentar tosse há mais de três semanas. “E os
profissionais também precisam estar atentos e pensar
tuberculose quando o paciente se apresentar com
tosse pois esta doença ainda é um problema de saúde
pública muito presente”, afirma Brigina.
Denize Assis