A
Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria
Municipal de Saúde, intensificou esta semana a
ofensiva contra a dengue em todas as regiões da
cidade. Os trabalhos incluem ações de vigilância
epidemiológica, sanitária e ambiental; controle do
vetor; assistência aos pacientes; informação,
educação em saúde e mobilização social; capacitação
de profissionais e controle e avaliação.
As
atividades em campo – que são diárias - incluem
limpeza da cidade e retirada de criadouros. Nesta
terça-feira, 27 de março, acontece arrastão na área
dos Centros de Saúde (CSs) Perseu Leite de Barros,
Florence e Balão do Laranja, na região noroeste.
Amanhã, dia 28, as equipes realizam arrastão na
abrangência do CS Santa Mônica, região norte, e
nebulização no Perseu.
Quinta-feira, dia 29, a remoção de criadouros ocorre
na área do CS Santo Antônio (sudoeste). Também
acontece nebulização no Perseu, Valença e
Ipaussurama (noroeste) e atividades de informação,
educação em saúde e mobilização social na
abrangência do CS Carvalho de Moura (sul).
Na
sexta-feira, dia 30, é a vez do CS Paranapanema
(sul) receber as ações de remoção de criadouros da
dengue. No mesmo dia, equipes fazem nebulização no
Perseu (noroeste) e novamente serão promovidas
atividades de informação, educação em saúde e
mobilização social na abrangência do CS Carvalho de
Moura.
No
sábado, dia 31, Campinas participa do arrastão
regional contra a dengue e concentra os trabalhos
nos bairros Parque Oziel, Gleba B e Jardim do Lago
II, na região sul. Neste dia, serão utilizados 10
caminhões e cinco máquinas, além de dois carros de
som. Mais de 120 homens vão atuar em campo na
remoção de criadouros e trabalhos de limpeza.
O
secretário municipal de saúde de Campinas, José
Francisco Kerr Saraiva, afirma que a dengue não é um
problema somente de Campinas ou do Brasil. Trata-se
de um dos principais problemas de saúde pública do
mundo, com 50 a 100 milhões de pessoas infectadas
anualmente em mais de 100 países de todos os
continentes, exceto a Europa.
Segundo Francisco Saraiva, em Campinas, como em
outras cidades metropolitanas do Brasil,
as condições
socioambientais favorecem a expansão do Aedes
aegypti e o tamanho e a complexidade do
município dificultam o controle da doença, para a
qual não existe vacina.
“Apesar de todas estas dificuldades, o Programa de
Controle da Dengue em Campinas - que é viabilizado
com rigor técnico, vontade política e destinação de
recursos - tem resultado no controle da epidemia.
Tanto que a incidência da dengue em Campinas é muito
menor se comparada a outros municípios paulistas e a
cidades de outros Estados, como Campo Grande (Mato
Grosso do Sul) que tem 750 mil habitantes e mais de
50 mil casos e Bebedouro (São Paulo), com 80 mil
habitantes e mais de 402 casos”, afirma.
Desde
janeiro, Campinas confirmou 1.149 casos de dengue,
dos quais 654 são moradores de Campinas, 157 de
outros municípios – principalmente de Sumaré e
Hortolândia – e 337 estão em investigação quanto ao
local de moradia.
Segundo Francisco Saraiva, além da Prefeitura, que
pode e deve fazer sua parte, a população tem que ter
consciência e adotar medidas diárias para o controle
do mosquito, como não deixar água acumulada em pneus
e outros objetos que podem servir de criadouros que
encontram-se na sua maioria – 80% - dentro dos
domicílios.
Denize
Assis