Ações contra a dengue são intensificadas em todas as regiões da cidade

27/03/2007

A Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, intensificou esta semana a ofensiva contra a dengue em todas as regiões da cidade. Os trabalhos incluem ações de vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental; controle do vetor; assistência aos pacientes; informação, educação em saúde e mobilização social; capacitação de profissionais e controle e avaliação.

As atividades em campo – que são diárias - incluem limpeza da cidade e retirada de criadouros. Nesta terça-feira, 27 de março, acontece arrastão na área dos Centros de Saúde (CSs) Perseu Leite de Barros, Florence e Balão do Laranja, na região noroeste. Amanhã, dia 28, as equipes realizam arrastão na abrangência do CS Santa Mônica, região norte, e nebulização no Perseu.

Quinta-feira, dia 29, a remoção de criadouros ocorre na área do CS Santo Antônio (sudoeste). Também acontece nebulização no Perseu, Valença e Ipaussurama (noroeste) e atividades de informação, educação em saúde e mobilização social na abrangência do CS Carvalho de Moura (sul).

Na sexta-feira, dia 30, é a vez do CS Paranapanema (sul) receber as ações de remoção de criadouros da dengue. No mesmo dia, equipes fazem nebulização no Perseu (noroeste) e novamente serão promovidas atividades de informação, educação em saúde e mobilização social na abrangência do CS Carvalho de Moura.

No sábado, dia 31, Campinas participa do arrastão regional contra a dengue e concentra os trabalhos nos bairros Parque Oziel, Gleba B e Jardim do Lago II, na região sul. Neste dia, serão utilizados 10 caminhões e cinco máquinas, além de dois carros de som. Mais de 120 homens vão atuar em campo na remoção de criadouros e trabalhos de limpeza.

O secretário municipal de saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva, afirma que a dengue não é um problema somente de Campinas ou do Brasil. Trata-se de um dos principais problemas de saúde pública do mundo, com 50 a 100 milhões de pessoas infectadas anualmente em mais de 100 países de todos os continentes, exceto a Europa.

Segundo Francisco Saraiva, em Campinas, como em outras cidades metropolitanas do Brasil, as condições socioambientais favorecem a expansão do Aedes aegypti e o tamanho e a complexidade do município dificultam o controle da doença, para a qual não existe vacina.

“Apesar de todas estas dificuldades, o Programa de Controle da Dengue em Campinas - que é viabilizado com rigor técnico, vontade política e destinação de recursos - tem resultado no controle da epidemia. Tanto que a incidência da dengue em Campinas é muito menor se comparada a outros municípios paulistas e a cidades de outros Estados, como Campo Grande (Mato Grosso do Sul) que tem 750 mil habitantes e mais de 50 mil casos e Bebedouro (São Paulo), com 80 mil habitantes e mais de 402 casos”, afirma.

Desde janeiro, Campinas confirmou 1.149 casos de dengue, dos quais 654 são moradores de Campinas, 157 de outros municípios – principalmente de Sumaré e Hortolândia – e 337 estão em investigação quanto ao local de moradia.

Segundo Francisco Saraiva, além da Prefeitura, que pode e deve fazer sua parte, a população tem que ter consciência e adotar medidas diárias para o controle do mosquito, como não deixar água acumulada em pneus e outros objetos que podem servir de criadouros que encontram-se na sua maioria – 80% - dentro dos domicílios.

Denize Assis

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