Campinas intensificou nesta sexta-feira, dia 26 de fevereiro, as ações de educação, informação e mobilização social contra a dengue em todas as regiões de cidade para marcar o encerramento da Semana Estadual de Combate à Dengue no município.
As atividades contaram com mais de 100 profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) espalhados por locais de grande fluxo de pessoas. O objetivo é mobilizar e sensibilizar a população acerca do tema.
No largo do Rosário, no Centro da cidade, além da distribuição de material educativo, a ação contou com uma instalação de quatro metros de altura que imita uma fêmea gigante do mosquito da dengue, Aedes aegypti. Os agentes também deram informações à população sobre como evitar a proliferação do inseto, inclusive com mostra de larvas vivas do mosquito.
A fêmea gigante do mosquito chamou atenção de quem circulou pelo local. Foi o caso do aposentado Antonio Celso Nascimento, 64 anos. De passagem por Campinas, ele fez fotos com seu celular para mostrar aos amigos e parentes na cidade onde mora, Presidente Prudente, no Oeste de São Paulo. "Quanto mais perto da população o SUS estiver, melhor é para a gente entender que essa doença só pode ser controlada se impedirmos a reprodução do mosquito", disse o aposentado.
O contador Emílio Carlos Vicente, que trabalha em um prédio no Largo do Rosário, foi até o estande do SUS montado na praça para perguntar à agente comunitária de saúde Aurídia Bento, do Centro de Saúde do Centro, que distribuía panfletos no local, se o mosquito se reproduz apenas na água limpa. Ela esclareceu: “Não é verdade, o método mais seguro é eliminar todos os possíveis criadouros. O melhor a fazer é prevenir”, explicou.
Já o bancário Fernando Rosa, de 37 anos, que também trabalha nas proximidades do Largo do Rosário, disse que a fêmea gigante do mosquito transmissor da dengue demonstra o tamanho do problema que a cidade pode ter se a sociedade não aderir à campanha.
“A dengue é um problema de todos. Se cada um fizer a sua parte, tenho certeza que a doença não vai nos afetar como já ocorre noutras cidades do Estado”, disse.
No Distrito de Barão Geraldo, região norte, as equipes atuaram com faixas nos cruzamentos de ruas e avenidas com mensagens de estímulo à eliminação dos criadouros da dengue.
Na região sul, equipes distribuíram folhetos com informações sobre o controle da doença em locais nas proximidades do hipermercado Extra, na Rua da Abolição, no Campinas Shopping (Jardim do Lago) e na Rodoviária.
Também houve distribuição de material educativo na rotatória do Jardim Londres, região noroeste. O trabalho contou com a parceria da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) da Secretaria Estadual da Saúde.
Além das ações desta sexta-feira, durante toda semana foram realizadas ações como arrastões, panfletagens, pedágios, palestras, apresentações de teatro, exposições, além de mutirões de limpeza, visitas casa a casa, remoção de criadouros e visitas a imóveis estratégicos e especiais.
“Trata-se de uma mobilização importante para chamar a atenção em relação à dengue. Como 80% dos criadouros do mosquito transmissor estão nos imóveis residenciais, o envolvimento da população no sentido de que compreendam a importância de eliminar criadouros é essencial”, afirma o secretário de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva.
Campinas registrou este ano 30 casos autóctones da doença (quando a pessoa ficou doente ao contrair a doença no próprio município) e outros 32 casos importados (pessoas que pegaram a doença em outras cidades).
