Saúde conscientiza crianças sobre dengue na região sudoeste

17/03/2010

Autor: Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas promove nesta quinta-feira, 18 de março, a partir das 9h30, ação educativa sobre dengue no Núcleo Comunitário de Crianças e Adolescentes do Jardim Profilurb, na abrangência do Centro de Saúde do DIC 1, região sudoeste da cidade.

Ao todo, cerca de 50 crianças entre 6 anos e 14 anos vão receber informações sobre a doença, forma de transmissão, sintomas e que atitudes adotar para eliminar criadouros do mosquito transmissor. Será apresentado um vídeo e os pequenos vão poder tirar dúvidas sobre a doença. Os professores também serão capacitados. Uma outra edição do evento ocorrerá no dia 24 de março, à tarde, na mesma instituição, que fica na Rua Nelson Barbosa da Silva, 289.

Segundo Margarete Isaque, supervisora de controle ambiental da Vigilância em Saúde (Visa) Sul, o envolvimento dos professores e alunos nas ações de combate à dengue, principalmente sobre como eliminar efetivamente os criadouros, é fundamental para o controle da doença. “É necessário que a abordagem educativa seja tratada e circule de forma que as pessoas transformem as informações em saberes. Nossa linha de trabalho ocorre neste sentido”, diz Margarete. O Jardim Profilurb situa-se numa área bastante suscetível à dengue. No local, os principais criadouros são materiais inservíveis, como latas, potes, garrafas, pneus e outros.

Bloqueio químico. Nesta quarta-feira, dia 17 de março, equipes de saúde promoveram bloqueio químico – nebulização com veneno - contra a dengue na divisa do Centro de Saúde (CS) Tancredão com a Vila Mimosa (CS Vila Rica), entre as regiões sudoeste e sul do município.

Na área do CS Tancredão foram confirmados sete casos de dengue em 2010. Na Vila Mimosa, são dois. Ao todo, no local, já foram visitadas 1,2 mil residências em ações contra a dengue.

Antes da nebulização, as equipes de saúde visitam as casas para retirada e inviabilização de criadouros do mosquito Aedes aegypti – vetor da dengue -, busca ativa de pacientes com sintomas da doença e ações de educação em saúde, comunicação e mobilização social. As famílias também são orientadas sobre como preparar o domicílio para a aplicação química.

O bloqueio químico é feito com Malation, um produto da classe dos organofosforados, na proporção de 30%. A ação é realizada com base em critérios técnicos rigorosos e, até o momento, não foi registrado nenhum caso de intoxicação de moradores ou de animais dos domicílios atingidos. O objetivo é bloquear a transmissão.

Este ano, em Campinas, foram confirmados 178 casos de pessoas que adoeceram com dengue em Campinas. No último boletim, em 8 de março, eram 167. Do total, 116 são autóctones – pessoas que contraíram a doença no próprio município – e 62 são importados. Todos os pacientes evoluíram para cura.

Neste momento, no município, há 29 áreas com casos autóctones em todas as regiões da cidade – norte, sul, leste, sudoeste, noroeste. Entre as com maior número de casos estão incluídas comunidades na abrangência do Centro de Saúde Conceição (leste); Centro de Saúde Pedro de Aquino, ou Balão do Laranja (noroeste), Centro de Saúde Florence (noroeste); Centro de Saúde Barão Geraldo (norte) e Centro de Saúde Santa Mônica (norte); Centro de Saúde Vista Alegre (sudoeste); Centro de Saúde Paranapanema (sul), Centro São Domingos (sul) e Centro de Saúde São José (sul).

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