Uma
equipe de 150 pessoas, entre profissionais das
Secretarias Municipais de Saúde e de Infra-estrutura
e reeducandos, visitou aproximadamente 1,6 mil
residências, telou dezenas de recipientes de água e
orientou cerca de 20 mil moradores dos bairros
Parque Oziel, Gleba B e Jardim do Lago II durante
uma megaoperação contra a dengue no sábado, 31 de
março, Dia Estadual de Mobilização contra a doença.
Juntos, estes bairros constituem uma das principais
áreas com transmissão de dengue neste momento em
Campinas. Os trabalhos foram realizados com o apoio
da Sanasa e da Rádio Educativa.
Além
das ações de educação em saúde, comunicação e
mobilização social, foram removidos 11 caminhões de
resíduos que podem servir como criadouros da dengue.
As equipes ainda realizaram atividades de busca
ativa de pessoas com sintomas suspeitos da doença.
Durante a megaoperação foram utilizados seis
caminhões, quatro máquinas e dois carros de som.
Além
das ações na região Sul da cidade, para marcar o Dia
Estadual de Mobilização contra a Dengue, a
Prefeitura promoveu um arrastão de criadouros com
busca ativa de suspeitos na região Sudoeste, no
Parque Vista Alegre e no Residencial Santos Dumond
II. Mais de 30 profissionais foram mobilizados para
a ação que atingiu 800 residências.
Segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 2 de
abril, pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa),
Campinas tem 1.298 casos de dengue confirmados – o
número refere-se ao total de pacientes atendidos em
Campinas. Destes, 685 são moradores do município e
613 estão em investigação com relação ao local de
residência.
A
região Norte registra o maior número de casos: 313.
Em seguida consta a Sul, com 146; Sudoeste, com 108;
Noroeste, com 83; e Leste, com 35. As principais
áreas de transmissão estão na abrangência do CS
Anchieta (norte), onde há 281 casos confirmados;
Carvalho de Moura (sul), com 69; Perseu (noroeste),
com 31 confirmados; e Santo Antônio (sudoeste), com
6.
Entre
as notificações, foi confirmado 1 caso da forma
hemorrágica da doença. Trata-se de um homem de 58
anos, morador da região noroeste, que já teve alta.
Ainda há 4 casos suspeitos desta forma da doença,
dois de pacientes que já foram curados e dois que
ainda estão internados, mas passam bem. A Covisa
ainda registrou dois casos suspeitos de dengue com
complicação, que já tiveram alta hospitalar.
O
Secretário Municipal de Saúde de Campinas, José
Francisco Kerr Saraiva, afirma que a luta contra a
dengue exige esforços tanto das autoridades de saúde
quanto da população. “Além da Prefeitura, que
promove a limpeza urbana, mobiliza equipes de saúde
e realiza ações de educação em saúde, a população
tem que ter consciência de que eliminar criadouros
do mosquito precisa virar um hábito. O trabalho
desenvolvido pela Prefeitura contribui sensivelmente
para reduzir a incidência de casos de dengue. Mas
esse trabalho – reitero - necessita do apoio da
população no dia-a-dia. Os moradores precisam estar
atentos para não deixar água parada em garrafas,
latas, pneus e outros, porque o mosquito deposita
seus ovos nesses locais”, diz Francisco Saraiva.
O
secretário destaca que, no Estado de São Paulo, 600
municípios estão infestados pelo mosquito e 200
deles registram transmissão da doença. As cidades
paulistas com maior incidência de dengue são
Araçatuba e São José do Rio Preto.
Denize
Assis