Campinas vai vacinar quase 200 mil pessoas contra a gripe

15/04/2011

Autor: Denize Assis

Campinas pretende vacinar quase 200 mil pessoas contra a gripe na Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza de 2011 que começa no dia 25 de abril. Nessa edição, além dos cidadãos com mais de 60 anos, profissionais de saúde que atuam no atendimento e investigação dos casos de infecções respiratórias e portadores de doenças crônicas, serão contempladas crianças de seis meses a menores de dois anos, grávidas em qualquer período gestacional e indígenas.

Na segunda-feira, dia 18 de abril, a Secretaria de Saúde de Campinas vai receber as primeiras doses da vacina que serão distribuídas ainda na semana que vem às unidades de saúde. A Campanha vai até dia 13 de maio e terá a data de 30 de abril como o Dia de Mobilização Nacional.

As doses vão estar disponíveis em todos os Centros de Saúde (CSs), no horário de funcionamento de cada unidade. No dia 30 de abril, em Campinas, serão mobilizados mais de 1,1 mil servidores em 230 postos de vacinação, fixos e volantes, incluindo os CSs que estarão abertos das 8h às 17h.

A vacinação ocorre anualmente, em forma de campanha, e se constitui em um dos meios de prevenir a gripe e suas complicações, além de apresentar impacto indireto na redução das internações hospitalares, da mortalidade evitável e dos gastos para tratamento de infecções secundárias. A Campanha está na 13ª edição no País e 14ª em Campinas.

A dose contra a gripe oferece proteção contra os três sorotipos da gripe que estão em circulação. Desta forma, a vacina deste ano contém anticorpos contra H1N1 e contra um vírus do tipo A e um do tipo B. Durante a estratégia, também serão oferecidas doses contra a difteria e o tétano, para idosos ainda não vacinados ou com esquema vacinal incompleto; e contra pneumococo, para grupos de risco elevado.

A Secretaria de Saúde informa que as pessoas acamadas incluídas nos grupos contemplados na campanha serão vacinadas no próprio domicílio. As famílias devem procurar o Centro de Saúde mais próximo da residência do doente para informar sobre pessoas ainda não cadastradas. Também serão contempladas nesta estratégia de vacinação em domicílio, os idosos que vivem em Instituições de Longa Permanência.

Segundo a enfermeira sanitarista Maria do Carmo Ferreira, a dose contra a gripe é segura e a vacinação dos grupos prioritários é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a mais efetiva estratégia de prevenção contra a doença, suas complicações e óbitos.

“Todos os grupos incluídos devem ser vacinados, mesmo quem já recebeu várias doses de campanhas anteriores. A vacina não causa gripe e é fundamental para evitar complicações respiratórias decorrentes da influenza , como pneumonias. Crianças que estarão recebendo a vacina pela primeira vez devem tomam duas doses, num intervalo de 30 dias entre uma e outra. Isto inclui as crianças que receberam uma ou duas doses contra influenza pandêmica, ou H1N1, no ano de 2010, mas nunca receberam a vacina contra influenza sazonal”, informa Maria do Carmo.

A sanitarista reitera que a vacinação de gestantes é segura e indicada pelo Ministério da Saúde e Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). A vacina contra influenza só não deve ser administrada em pessoas com história de reação anafilática prévia ou alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados, assim como a qualquer componente da vacina. Também não devem tomar a dose pessoas que apresentaram reações anafiláticas graves a doses anteriores.

A gripe, ou influenza, é uma infecção causada por vírus que afeta o sistema respiratório, mais precisamente o nariz, garganta e brônquios. O contágio ocorre de forma direta através das secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar ou de forma indireta, por meio das mãos que, após contato com superfícies recém-contaminadas por secreções respiratórias pode levar o agente infeccioso direto a boca, olhos e nariz.

A doença pode se apresentar desde uma forma leve e de curta duração, até formas clinicamente graves e complicadas. A gripe é responsável por elevada taxa de adoecimento e morte em grupos de maior vulnerabilidade.

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