Denize Assis
Alunos da
Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx)
participaram nesta segunda-feira, dia 17 de maio, de um
treinamento em campo para atuar no combate à dengue. A aula
prática é a segunda do curso sobre a doença ministrado
por técnicos da Vigilância em Saúde (Visa) e do Centro de
Controle de Zoonoses (CCZ) para cadetes do Exército. A
atividade é mais uma da série de medidas desencadeadas
pela Secretaria de Saúde de Campinas para o controle da
dengue na cidade.
"Durante
as aulas, os cadetes recebem informações sobre a dengue,
sintomas e maneiras de combater o Aedes aegypti,
mosquito transmissor do vírus da doença. No trabalho em
campo, eles aprendem a identificar criadouros e as maneiras
de inviabilizá-los e recolhem amostras de larvas de
mosquito para exames", informa a médica veterinária
Tosca de Luca, da Vigilância em Saúde (Visa) Norte.
Segundo a
veterinária, o trabalho em parceria com a EsPCEx foi
iniciado há dois anos e, desde lá, equipes da Secretaria
de Saúde têm abordado com os alunos vários temas, entre
eles febre maculosa e outras doenças transmitidas por
carrapatos, além da dengue. "A idéia é que os
cadetes reproduzam estas informações na própria escola e,
depois, nas suas comunidades de origem em todas as regiões
do Brasil", diz Tosca.
Os cadetes
também vão disseminar as informações para alunos de
escolas de todo País, em junho, quando a EsPCEx sedia uma
semana em que serão apresentados vários trabalhos
relacionados ao tema água.
Esta
semana, de 17 a 21 de maio, além dos trabalhos educativos
na EsPCEx, a Prefeitura também promove arrastões contra a
dengue nas áreas do Centros de Saúde (CSs) Sousas (região
Leste), Perseu Leite de Barros (Norooeste), São Marcos
(Norte), Dic III (Sudoeste) e Vila Rica (Sul).
Os sintomas
da dengue são febre, dor de cabeça, dor no corpo e dor atrás
dos olhos. A pessoa com a doença também pode apresentar
dor nas juntas e manchas vermelhas na pele. Ao manifestar
algum destes sinais, o cidadão deve procurar o Centro de Saúde,
evitar medicamentos à base da ácido acetilsalicílico,
como aspirina, AAS, melhoral, entre outros, e ingerir líquido
em abundância.
Desde
janeiro deste ano, em Campinas, foram registrados 20 casos
de dengue. Do total, 14 são referentes a pessoas que contraíram
a doença em outros municípios (chamados casos importados)
e seis são autóctones (contraídos em Campinas). No mesmo
período do ano passado, as notificações já ultrapassavam
400.