Reunião no Sindicato dos Médicos
de Campinas, nesta terça, às 9h,
objetiva atualizar profissionais dos 14 hospitais que fazem
partos no município;
Evitar a transmissão do vírus hiv,
além de doenças como a sífilis e a hepatite B, da mãe para o
bebê, é o objetivo do Programa Municipal de Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DST) e Aids e da Vigilância em Saúde da
Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, que realiza reunião
nesta terça-feira, 8 de maio de 2006, às 9h, no Sindicato dos
Médicos de Campinas e Região com profissionais dos hospitais do
município.
A atualização desta terça-feira
será realizada entre técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS)
com responsáveis pelas Comissões de Controle da Infecção
Hospitalar de toda a cidade, incluindo a Maternidade de
Campinas, o Hospital e Maternidade Celso Pierro da Pontifícia
Universidade Católica (PUC) e do Centro de Atenção Integral à
Saúde da Mulher (Caism) da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), que respondem por cerca de 73% dos partos realizados
em moradoras de Campinas.
Segundo a enfermeira sanitarista
Maria do Carmo Ferreira, da Coordenadoria de Vigilância à Saúde
(CoViSa) da SMS, as normas técnicas vigentes no Sistema Único de
Saúde (SUS) determinam os procedimentos adequados para garantir
a proteção da saúde das mães e de seus bebês. Além dos testes de
hiv, sífilis e hepatite B, é oferecida a profilaxia e tratamento
para estas patologias. Cerca de 13,3 mil partos são realizados
anualmente na cidade, segundo Maria do Carmo.
De acordo com a enfermeira
sanitarista Maria Cristina Ilario, coordenadora do Programa
Municipal de DST/Aids da Secretaria de Saúde, Campinas, embora
tenha características de sede da Região Metropolitana, que faz
com que a cidade não tenha monitoramento do pré-natal de todas
as cidades da região, pois só matricia as realizadas nas
unidades de saúde do município, a meta é aumentar e qualificar a
capacidade das maternidades de oferecer o teste de hiv e sífilis
no momento do parto para desencadear as medidas profiláticas e
diminuir a incidência de casos de transmissão vertical.
A reunião desta terça-feira
deverá ter participação das Comissões dos estabelecimentos
hospitalares e das Vigilâncias à Saúde dos 5 Distritos
Sanitários de Campinas (Norte, Sul, Leste, Noroeste e Sudoeste).
Transmissão vertical
Transmissão vertical é a infecção
do bebê através da mãe portadora do hiv, da sífilis e da
hepatite B. A transmissão do vírus da aids e destas outras
doenças sexualmente transmissíveis (dst) pode ser evitada caso a
mulher grávida saiba que tem estas patologias e faça seguimento
durante a gestação através do pré-natal disponível gratuitamente
nos Centros de Saúde (CS) de Campinas.
O vírus da aids, a sífilis e a
hepatite B são transmitidos principalmente pelas relações
sexuais, sem uso de camisinha. A sífilis tem cura se for
tratada. A aids não tem cura, mas tem tratamento. Existe
tratamento para os portadores da hepatite B. Quem não tem a
hepatite B pode evitá-la através de vacina específica.
Tanto a sífilis como o vírus da
aids e a hepatite B podem ser passados da mãe para o bebê
durante a gravidez e parto. O hiv, no entanto, pode ser
transmitido inclusive durante a amamentação (aleitamento
materno).
Mas o bebê pode nascer sem hiv,
sem sífilis e sem hepatite B, se a mulher fizer o quanto antes
os exames para detectar essas doenças e seguir tratamento e
acompanhamento durante e após a gravidez e parto. A
possibilidade de uma mãe que tem hiv transmitir o vírus para sua
criança, por meio do leite materno, é elevado, situando-se entre
7% a 22%, e se renova a cada mamada, segundo o Ministério da
Saúde.
Em Campinas, é fornecida
gratuitamente fórmula láctea infantil pelo Programa Municipal de
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids da Secretaria
Municipal de Saúde (SMS) da Prefeitura, através dos Centros de
Saúde.
Todas as mulheres grávidas têm o
direito de fazer o pré-natal gratuito nos Centros de Saúde. O
pré-natal inclui o os testes de hiv e sífilis mediante
aconselhamento e consentimento. Além das gestantes, todas as
pessoas podem fazer gratuitamente o teste nos postos de saúde. O
teste é gratuito, anônimo e sigiloso. Somente quem faz o teste
fica sabendo o resultado. No caso das gestantes, além de
proteger sua saúde, protege a do bebê.
Centro de Referência
O Centro de Referência funciona
de segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 7h às 20h, para
tratamento às pessoas que vivem com hiv/aids e promoção de ações
de educação e comunicação social para prevenção à aids, ao hiv e
às dst. O telefone é (19) 3234 - 5000.
No Centro de Referência de DST/Aids
de Campinas também são realizados os testes gratuitos, anônimos
e sigilosos de hiv e sífilis. Só quem faz os exame pode saber o
resultado. Para mais informações sobre o teste, o telefone é
(19) 3236 - 3711.
Os Centros de Saúde de Campinas
também realizam o teste de hiv e sífilis gratuitamente. As
camisinhas, cujo uso em todas as relações sexuais é a maneira
mais segura de prevenir o hiv/aids e as dst, devem ser
distribuídas gratuitamente à população nos Centros de Saúde da
cidade.
Segundo o Programa Municipal de
DST/Aids, Campinas tem cerca de 4,7 mil casos de aids
registrados desde o início da epidemia, na década de 80.
Atualmente a principal causa da transmissão do hiv no município
está nas relações heterossexuais sem proteção, ou seja, sem uso
de camisinha (preservativos).
Para cada 1,5 caso de aids em
homem, há um caso de aids em mulher. Esta proporção, de 1 caso
em mulher para cada 1,5 casos em homem é a tendência de
feminização da epidemia.
...................................................
Mais informações à
Imprensa:
Eli Fernandes (19) 8115 - 4856 /
3232 - 3283, ramal 24.
Assessoria de Imprensa do Plano de Ações e
Metas (PAM) do Programa Municipal de
DST/Aids
de Campinas.
Regente Feijó, 637, Centro (19)
3234 - 5000 / 3236 - 3711