Autor: Denize Assis
Entre as 14 cidades brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes, Campinas é a que mais investe recursos próprios em Saúde Pública no País. Entre os 50 maiores municípios brasileiros, está em 6º lugar no ranking. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, dia 4 de maio, pelo secretário municipal de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva, durante apresentação dos indicadores de competitividade na sala azul do Paço Municipal.
Os indicadores permitem monitorar os resultados alcançados pelas ações da Administração e são utilizados como base para a formulação e correção do planejamento estratégico da Prefeitura.
De acordo com a Emenda Constitucional 29, os municípios devem investir no mínimo 15% de seu orçamento próprio em saúde. Campinas chegou ao percentual de 27,2% em 2009. Em 2008, o investimento foi de 26,41% o que significou R$ 535,06 por habitante. Desde 2001, a aplicação de recursos na área tem crescido, ano a ano, acima da inflação.
O financiamento com recursos municipais aponta a prioridade da política de saúde no município e reflete nos resultados dos indicadores da área. Em relação ao câncer de colo uterino, Campinas é a primeira colocada entre as 14 maiores cidades do País, com 3,3 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres. Em relação às 50 maiores cidades brasileiras, o município se mantém na 6ª posição.
O município também tem avançado na redução da mortalidade infantil e, em 2009, atingiu 11,2 mortes a cada 1 mil nascidos vivos. Em comparação com as 14 maiores cidades do País, ficou em 5º lugar. Entre as 50 maiores, sua classificação é a 10ª. “A taxa de mortalidade infantil é um dos maiores indicadores de desenvolvimento de um povo”, afirmou o secretário de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva durante apresentação dos dados.
O indicador de coeficiente de mortalidade por doenças cerebrovasculares aponta o município em 9º lugar entre as 14 maiores cidades e em 27º entre as 50. A primeira causa de morte entre estas doenças é o acidente vascular cerebral, que tem como principal causa a hipertensão arterial mal controlada.
De acordo com o secretário José Francisco Saraiva, nos últimos anos tem sido verificada uma tendência de queda neste agravo, principalmente nos pacientes com menos de 60 anos. “Mas isto não nos coloca em posição confortável. É preciso concentrar esforços e investir na prevenção e controle principalmente da hipertensão arterial”, disse.
Embora Campinas esteja bem posicionada em relação a outras cidades quanto à grande parte dos indicadores, ainda há desafios, como o câncer de mama. O indicador de 19,8 mortes por 100 mil mulheres coloca o município na 12ª posição entre as 14 maiores cidades e na 43ª entre as 50. “Embora o município tenha investido com a ampliação ano a ano das mamografias e de outras ações de prevenção e detecção precoce da doença, este indicador não se transforma com rapidez”, informou o secretário de Saúde.
