Autor: Marco Aurélio Capitão
Centenas de pessoas participaram na tarde desta segunda-feira, dia 30, na Praça Rui Barbosa, atrás da Catedral Metropolitana, das atividades alusivas ao Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado em 31 de maio.
O evento contou com a presença dos médicos Pedro Humberto Scavariello, secretário-adjunto de Saúde de Campinas, e Mário Becker, coordenador do Programa de Tabagismo da Secretaria Municipal de Saúde, além usuários de tabaco, e pessoas atendidas pelo Programa.
Também participaram como parceiros professores e alunos das Faculdades de Medicina e Enfermagem da Unicamp e Puc-Campinas e coordenadores de unidades de saúde que integram o Programa de Tabagismo.
Durante o evento foram distribuídos folhetos com informações sobre os males do cigarro. Os transeuntes que passaram pela praça também puderam realizar exames gratuitos de monoximetria, que mede quantidade de monóxido de carbono inalado pela pessoa, e de espirometria, que mostra a capacidade ventilatória dos pulmões.
O médico Mário Becker coordenador do Programa de Tabagismo, explica que “eventos como esse precisam ser aproveitados para informar as pessoas dos males provocados pelo tabaco. A sociedade precisa ser informada que tanto os fumantes ativos, que são aqueles que realmente fumam, como os passivos, que formam o público que respira a fumaça do cigarro fumada por outra pessoa, são passíveis de adquirir uma gama enorme de doenças. São doenças que trazem sofrimento comprometem a qualidade de vida e sobrecarregam nosso Sistema de Saúde”.
O Programa de Tabagismo da Secretaria Municipal de Saúde, que atende pessoas interessadas em abandonar o hábito de fumar, já foi implantado em 25 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município. Essas unidades contam com uma equipe especializada para dar todo o suporte para aqueles que estão interessados em abandonar o vício do tabaco. As equipes contam com o apoio de, pelo menos, um médico, um enfermeiro, uma agente de saúde, uma técnica de enfermagem e um psicólogo.
O Dia Mundial sem Tabaco foi criado em 1987 pelos estados membros da Organização Mundial da Saúde (OMS), com a finalidade de mobilizar e chamar atenção para a epidemia do tabagismo e para as doenças e mortes evitáveis a ele relacionadas.
Malefícios
Dados do Ministério da Saúde indicam que a fumaça do cigarro reúne cerce de 4.700 substâncias tóxicas diferentes, muitas delas cancerígenas. No Brasil, 23 pessoas morrem a cada hora, em decorrência de doenças ligadas ao tabagismo.Mário Becker explica que o tabagismo é uma doença crônica e que os produtos derivados do tabaco, especialmente os cigarros, são feitos para criar e manter dependência química nos consumidores.
O fumo é responsável por cerca de cinco milhões de mortes por ano no mundo e, de acordo com dados do Ministério da Saúde, anualmente os custos totais do SUS atribuídos ao tabagismo só com hospitalizações de alguns tipos de câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias ultrapassam os R$ 400 milhões, ou seja, 36% do custo total das hospitalizações com câncer foram relacionadas ao tabaco.
