Autor: Diego Geraldo
A vacina contra a gripe é segura. Essa é a conclusão a que chegaram, após pesquisas feitas durante anos, especialistas das mais diversas áreas médica. A Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe tem previsão de terminar no dia 1º de junho e já vacinou, até o dia 24 de maio, 52,04% das mais de 185 mil pessoas que podem ser imunizadas na cidade.
Das mais de 96 mil pessoas vacinadas, 11.603 são crianças com mais de seis meses e menos de dois anos, 5.111 gestantes, 7.890 trabalhadores da saúde e 71.878 pessoas com 60 anos ou mais. Devem ser vacinados ainda doentes crônicos, como diabéticos, mas esses dados são computados no final da campanha.
Até agora, um dos grupos que menos aderiu à vacinação são as gestantes, com 46,04%, muitas vezes por medo das consequências que a vacina poderia trazer à gravidez ou à criança. Mas, segundo a professora assistente doutora da disciplina de obstetrícia da Universidade de Campinas (Unicamp), Helaine Milanez, pesquisas científicas comprovam a segurança da vacina. “A imunização em gestantes foi acompanhada em 4,5 mil grávidas e ficou constatado que, mesmo com o passar dos anos, não existem consequências para mães ou filhos”, garantiu a professora.
Halaine ainda destaca que o grupo é onde a gripe, em especial a H1N1, mais evolui para pneumonias e, por consequência, mais internações e óbitos.
A vacina é trivalente, imuniza contra os vírus A (H1N1 e H3N2) e B. A vacinação contra a gripe é segura, eficaz, não transmite o vírus e é um dos meios de proteger esse grupo de risco contra complicações que a doença pode trazer, como pneumonias. Ela causa ainda impacto na diminuição das internações hospitalares.
A enfermeira sanitarista da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) Maria do Carmo Ferreira, informa que os 63 Centros de Saúde de Campinas estão vacinando, mesmo com a paralisação de parte dos servidores. “Aqui no município um dos fatores que pode ter atrapalhado a campanha é a greve dos funcionários públicos. Apesar da vacinação não ter sido interrompida em nenhum momento, a população pode ter ficado confusa e ouvindo que o funcionalismo está em greve, não ter procurado o centro de saúde para a vacinação”, disse Maria do Carmo, que também salientou que em todo o estado os índices são semelhantes ao da cidade.
Ela também lembra que quanto antes for aplicada a vacina, melhor. “Queremos ressaltar a importância da vacinação o mais precocemente possível. Isso porque nós temos a época certa para a imunização, que é durante o outono, que antecede o período de maior circulação do vírus. A partir do momento em que a pessoa recebe a vacina, ela vai ter um média de 15 dias até produzir anticorpos. Então se ela deixar para tomar a vacina muito tardiamente, pode ser que quando chegar o inverno, ela ainda não esteja protegida”, completou a enfermeira.
