MS recomenda adiar viagens ao Chile e Argentina

24/06/2009

Autor: Denize Assis, com informações do Ministério da Saúde

A recomendação é especialmente direcionada para idosos com 60 anos ou mais, crianças com até dois anos de idade e pessoas com baixa imunidade

O Ministério da Saúde recomendou nesta terça-feira, dia 23 de junho que idosos com 60 anos ou mais, crianças com até dois anos de idade e pessoas com baixa imunidade adiem viagens ao Chile e à Argentina para prevenir infecções pelo vírus Influenza A (H1N1).

De acordo com o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a recomendação foi definida com base em critérios epidemiológicos, uma vez que há grande número de casos da nova gripe no Brasil de pessoas que voltaram de viagem a esses dois países. Como se trata de uma recomendação, ela pode vir a ser estendida a outros países com quadros semelhantes aos do Chile e da Argentina.

Temporão ressaltou que o Ministério da Saúde não determinou a proibição de viagens para países afetados pela influenza A (H1N1). Segundo ele, deve haver “prudência e bom senso nesse momento”, uma vez que as férias estão chegando, o que aumenta a circulação de turistas brasileiros em países com casos confirmados da doença. “Essa é uma medida adicional e de prevenção”, afirmou o Ministro. “No Brasil, não há transmissão sustentada, mas todos os casos autóctones têm vinculo com infecção contraída fora do país”.

Reforço. A Secretaria de Saúde de Campinas anunciou ontem, dia 22 de junho, medidas para adequar a rede de assistência e investigação de casos de pessoas suspeitas de estarem infectadas pelo vírus, devido à nova situação epidemiológica no município e no Brasil.

Entre as medidas, a Secretaria sugeriu à Secretaria de Estado da Saúde a ampliação dos locais para atendimento de casos, além do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp. Também vai reforçar e reorganizar o plantão 24 horas da Vigilância para receber, dar orientações e identificar contatos próximos. Este plantão funciona somente para hospitais.

Outra medida que vem sendo ampliada é a comunicação social, para informação e educação em saúde da comunidade. Setores estratégicos da sociedade, como escolas, setor hoteleiro, associações de comércio, viajantes vêm sendo orientados sobre a situação e medidas de prevenção e proteção individual que neste momento são as mais importantes para reduzir o risco da propagação da doença no País e em Campinas.

As medidas são:

- Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável.

- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar.

- Evitar locais fechados com aglomeração de pessoas.

- Evitar o contato direto com pessoas doentes.

- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.

- Evitar tocar olhos, nariz ou boca.

- Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes ou/e roteiro de viagens recentes.

- Não usar medicamentos sem orientação médica.

- Pessoas que estão voltando de outros países, principalmente Estados Unidos, México, Argentina e Chile e apresentarem alguns dos sintomas em até 10 dias após saírem destes países devem: procurar assistência médica no serviço de saúde público ou privado onde costuma ser atendido e informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem e os sintomas.

A Vigilância em Saúde de Campinas reforça a necessidade dos viajantes estarem atentos, procurarem os serviços de saúde no caso de apresentarem sintomas e seguirem as orientações da Vigilância em relação às medidas de precaução para evitar que a doença se propague para seus contatos e para a comunidade.

Situação no Brasil. O Brasil registrou, até o dia 22 de junho, 240 casos de infecção pelo vírus H1N1. Metade dos casos de pessoas que viajaram para a Argentina.

Até o momento, 100 países têm casos confirmados e divulgados da doença, de acordo com informações dos governos ou da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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