41 Nota para a imprensa sobre a Influenza A

23/06/2009

Campinas, 23 de junho de 2009, 16h45

Nota à imprensa

Ocorrências de casos humanos de Influenza A (H1N1)

1. A Secretaria Municipal de Saúde de Campinas – Vigilância em Saúde informa nesta terça-feira, dia 23 de junho, às 16h30, que foi confirmado um novo caso de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) em morador de Campinas: um homem adulto que viajou para a Argentina. Ele passa bem e encontra-se em isolamento domiciliar. Com isso, Campinas soma agora seis casos de moradores no município, todos de pessoas que viajaram para a Argentina;

2. Imediatamente após cada notificação, a Vigilância em Saúde de Campinas adotou todas as medidas indicadas. Foi realizada busca ativa em todas as ocorrências e os contatos próximos foram identificados e orientados a permanecer em quarentena e a procurar o serviço de saúde se apresentarem sintomas. Este monitoramento continua até o período máximo de incubação da doença;

3. A Secretaria Municipal de Saúde de Campinas – Vigilância em Saúde comunica também que foram confirmados mais dois casos de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) em moradores de outra cidade: um homem adulto e uma criança de sete anos – o primeiro caso em criança na região. O adulto viajou para o México e a criança é contato próximo dele. Eles passam bem e encontram-se em isolamento domiciliar. Com isso, agora são nove os casos de moradores de outras cidades;

4. Entre as notificações de casos em Campinas, também constam dois casos de pessoas que residem em cidades que não fazem parte da GVE XVII. Portanto, até o momento a situação em Campinas é a seguinte:

Confirmados entre moradores de Campinas: seis, todos adultos oriundos da Argentina;

Confirmados entre moradores de cidades da GVE XVII (regional de saúde de Campinas): nove, vindos da Argentina, México, Chile, Estados Unidos e Europa;

Confirmados entre moradores de cidade de outras regionais de saúde: dois;

Total: 17

5. A Influenza A (H1N1) é uma doença respiratória aguda (gripe), causada pelo vírus Influenza A (H1N1). Esse novo subtipo do vírus da influenza, assim como a gripe comum, é transmitido de pessoa a pessoa principalmente por meio de tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. Os sintomas são: febre de maneira repentina e tosse podendo estar acompanhadas de dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dificuldade respiratória e dor de garganta. A mortalidade tem sido em média de 0,4%.

6. A situação epidemiológica no Brasil e em Campinas está mudando pela proximidade com outros países latino-americanos em que a ocorrência da doença está aumentando. Considerando esta situação e o período de férias, que se aproxima, e o inverno, que favorece a propagação do vírus, a Vigilância em Saúde trabalha com a expectativa de aumento de casos. Portanto, a Vigilância em Saúde reforça as medidas de prevenção e proteção individual que neste momento são as mais importantes para reduzir o risco da propagação da doença no País. As medidas são:

- Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável.

- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar.

- Evitar locais fechados com aglomeração de pessoas.

- Evitar o contato direto com pessoas doentes.

- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.

- Evitar tocar olhos, nariz ou boca.

- Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes ou/e roteiro de viagens recentes.

- Não usar medicamentos sem orientação médica.

- Pessoas que estão voltando de outros países, principalmente Estados Unidos, México, Argentina e Chile e apresentarem alguns dos sintomas em até 10 dias após saírem destes países devem: procurar assistência médica no serviço de saúde público ou privado onde costuma ser atendido e informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem e os sintomas.

A Vigilância em Saúde de Campinas reforça a necessidade dos viajantes estarem atentos, procurarem os serviços de saúde no caso de apresentarem sintomas e seguirem as orientações da Vigilância em relação às medidas de precaução para evitar que a doença se propague para seus contatos e para a comunidade.

6. O Ministério da Saúde recomendou nesta terça-feira, dia 23 de junho, que idosos com 60 anos ou mais, crianças com até dois anos de idade e pessoas com baixa imunidade adiem viagens ao Chile e à Argentina para prevenir infecções pelo vírus Influenza A (H1N1). De acordo com o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a recomendação foi definida com base em critérios epidemiológicos, uma vez que há grande número de casos da nova gripe no Brasil de pessoas que voltaram de viagem a esses dois países. Como se trata de uma recomendação, ela pode vir a ser estendida a outros países com quadros semelhantes aos do Chile e da Argentina.

Temporão ressaltou que o Ministério da Saúde não determinou a proibição de viagens para países afetados pela influenza A (H1N1). Segundo ele, deve haver “prudência e bom senso nesse momento”, uma vez que as férias estão chegando, o que aumenta a circulação de turistas brasileiros em países com casos confirmados da doença. “Essa é uma medida adicional e de prevenção”, afirmou o Ministro. “No Brasil, não há transmissão sustentada, mas todos os casos autóctones têm vinculo com infecção contraída fora do país”.

7. O Brasil registrou, até o dia 22 de junho, 240 casos de infecção pelo vírus H1N1. Metade dos casos de pessoas que viajaram para a Argentina.

8. Até o momento, 100 países têm casos confirmados e divulgados da doença, de acordo com informações dos governos ou da Organização Mundial da Saúde (OMS).

9. Do total de países, 35 têm casos autóctones: Europa (Áustria, Bélgica, Dinamarca, Estônia, França, Alemanha, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Romênia, Eslováquia, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido); Américas (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Guatemala, México, Panamá, Peru e Uruguai); Ásia (Japão); África (Egito) e Oceania (Austrália).

10. Segundo a OMS, Estados Unidos, México, Canadá e Austrália são considerados os países com transmissão sustentada.

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