43 Nota para a imprensa sobre a Influenza A

25/06/2009

Campinas, 25 de junho de 2009, 17h

 

Nota à imprensa

 

Ocorrências de casos humanos de Influenza A (H1N1)

 

1. A Secretaria Municipal de Saúde de Campinas – Vigilância em Saúde informa nesta quinta-feira, dia 25 de junho, às 16h30, que foi confirmado um novo caso de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) em morador de Campinas: um homem, adulto (35 anos). Este caso permanece em investigação para que se saiba o local provável de infecção. Ele encontra-se em isolamento domiciliar e seu estado de saúde é bom;

Com isto, Campinas registra oito casos acumulados até agora, sendo seis adultos oriundos da Argentina; uma criança de seis anos que é contato próximo de um dos casos e um adulto que ainda está em investigação.

A Vigilância em Saúde de Campinas promove ações de busca ativa e monitoramento de todas as pessoas que estabeleceram contato próximo com esses pacientes.

 

2. A Influenza A (H1N1) é uma doença respiratória aguda (gripe), causada pelo vírus Influenza A (H1N1). Esse novo subtipo do vírus da influenza, assim como o da gripe comum, é transmitido de pessoa a pessoa principalmente por meio de tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. Os sintomas são: febre de maneira repentina e tosse podendo estar acompanhadas de dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dificuldade respiratória e dor de garganta. A mortalidade tem sido em média de 0,4%.

 

3. O Brasil registrou, até o dia 24 de junho, 399 casos de infecção pelo vírus H1N1. Esse número inclui os casos informados ao Ministério da Saúde pelos três laboratórios de referência para o diagnóstico da influenza (Fundação Oswaldo Cruz/RJ, Instituto Evandro Chagas/PA e Instituto Adolf Lutz/SP) e pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).

tabela

 

4. EVOLUÇÃO DE CASOS CONFIRMADOS E ÓBITOS NO MUNDO:

Até o momento, 101 países têm casos confirmados e divulgados da doença, de acordo com informações dos governos ou da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Do total de países, 35 têm casos autóctones: Europa (Áustria, Bélgica, Dinamarca, Estônia, França, Alemanha, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Romênia, Eslováquia, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido); Américas (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Guatemala, México, Panamá, Peru e Uruguai); Ásia (Japão); África (Egito) e Oceania (Austrália).


CASOS CONFIRMADOS

PAÍS

19/6

20/6

21/6

22/6

23/6

24/6

Estados Unidos

17.855(1º)

21.449(1º)*

21.449(1º)

21.449(1º)

21.449(1º)

21.449(1º)

México

7.083 (2º)

7.624 (2º)

7.624 (2º)

7.624 (2º)

7.624 (2º)

7.847 (2º)

Canadá

4.905 (3º)

5.710 (3º)

5.710 (3º)

5.710 (3º)

5.710 (3º)

6.457 (3º)

Chile

3.215 (4º)

4.315 (4º)

4.315 (4º)

4.315 (4º)

4.315 (4º)

5.186 (4º)

Austrália

2.199 (5º)

2.199 (5º)

2.436 (5º)

2.733 (5º)

2.857 (5º)*

2.857 (6º)

Reino Unido

1.752 (6º)

1.984 (6º)

2.244 (6º)

2.506 (6º)

2.773 (6º)

2.905 (5º)

Argentina

914 (7º)

1.010 (7º)

1.010 (7º)

1.118 (7º)

1.118 (7º)

1.294 (7º)

Japão

666 (8º)

740 (8º)

740 (8º)

740 (8º)

850 (8º)

893 (9º)

Espanha

499 (9º)

522 (10º)

522 (10º)

522 (10º)

522 (11º)

539 (11º)

Tailândia

405 (10º)

405 (11º)

518 (11º)

518 (11º)

589 (10º)

774(10º)

China

382 (11º)

523 (9º)

523 (9º)

739 (9º)

739 (9º)

906 (8º)

Brasil

131 (18º)

180 (17º)

215 (17º)

240 (16º)

334 (13º)

399 (13º)

MUNDO

43.138

45.223

51.095

52.213

53.317

56.584

* Última data de atualização

ÓBITOS

PAÍS

19/6

20/6

21/6

22/6

23/6

23/6

Estados Unidos

44

87

87

87

87

87

México

113

113

113

113

113

115

Canadá

12

13

13

13

13

15

Chile

2

4

4

4

4

7

Austrália

0

0

1

1

2

3

Reino Unido

1

1

1

1

1

1

Argentina

4

7

7

7

7

17

Japão

0

0

0

0

0

0

Espanha

0

0

0

0

0

0

Tailândia

0

0

0

0

0

0

China

0

0

0

0

0

0

Brasil

0

0

0

0

0

0

MUNDO

180

229

230

231

232

252

Outros países com óbitos: Colômbia (2), República Dominicana (2), Costa Rica (1), Guatemala (1) e Filipinas (1).

5. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS NO BRASIL

5.1 – Os casos registrados exclusivamente no SINAN (sem incluir as informações dos laboratórios de referência) somam 271 confirmados. Destes, 208 (76,8%) foram de pessoas que se infectaram no exterior e 42 (15,5%) foram de transmissão autóctone (ocorrida dentro do território nacional). Outros 21 casos permanecem em investigação.

5.2 – Os principais locais de provável infecção dos casos importados foram Argentina (119 casos), Estados Unidos (57) e Chile (11).

5.3 – Todos os casos autóctones têm vínculos epidemiológicos com pacientes procedentes do exterior. Desse modo, o Ministério da Saúde considera que, até o momento, a transmissão no Brasil é limitada, sem evidências de sustentabilidade da transmissão do vírus de pessoa a pessoa.

 

6. RECOMENDAÇÕES:

Diante da situação epidemiológica atual da influenza e considerando: a) o período de férias escolares; b) o início do inverno no Hemisfério Sul; c) o aumento do fluxo de viajantes para os países com transmissão sustentada (Estados Unidos, México, Canadá, Chile, Argentina e Austrália); d) o aumento de casos importados no Brasil; a Vigilância em Saúde de Campinas reforça as medidas de prevenção e proteção individual que neste momento são as mais importantes para reduzir o risco da propagação da doença no município e no País. As medidas são:

- Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável.

- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar.

- Evitar locais fechados com aglomeração de pessoas.

- Evitar o contato direto com pessoas doentes.

- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.

- Evitar tocar olhos, nariz ou boca.

- Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes ou/e roteiro de viagens recentes.

- Não usar medicamentos sem orientação médica.

- Pessoas que estão voltando de outros países, principalmente Estados Unidos, México, Argentina e Chile e apresentarem alguns dos sintomas em até 10 dias após saírem destes países devem: procurar assistência médica no serviço de saúde público ou privado onde costuma ser atendido e informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem e os sintomas.

A Vigilância em Saúde de Campinas reforça a necessidade dos viajantes estarem atentos, procurarem os serviços de saúde no caso de apresentarem sintomas e seguirem as orientações da Vigilância em relação às medidas de precaução para evitar que a doença se propague para seus contatos e para a comunidade.

 

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