Vacinação contra paralisia infantil e sarampo termina dia 1º de julho

28/06/2011

Autor: Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas encerra na próxima sexta-feira, 1º de julho, a primeira etapa da campanha de vacinação contra paralisia infantil, que neste ano inclui a imunização contra o sarampo. A estratégia teve início dia 18 de junho.

Crianças de zero a cinco anos recebem as gotinhas contra a paralisia infantil. Quem está na faixa entre um ano e menores de sete anos (seis anos, onze meses e vinte e nove dias) toma a dose contra o sarampo. Além disso, a campanha consiste em oportunidade para atualização de outras vacinas em atraso. Por isso, é importante levar a caderneta da criança.

As vacinas estão disponíveis nos 63 Centros de Saúde da rede pública municipal de saúde. Para se informar sobre a unidade mais próxima e horário de funcionamento, o cidadão deve telefonar para o 156, da Prefeitura, ou no Disque-Saúde, pelo 160.

No primeiro dia da campanha, no sábado, 18, em todo município foram mobilizados 1,3 mil profissionais em mais de 300 postos de vacinação. Na ocasião, foram aplicadas 51.080 doses contra a poliomielite e 51.906 doses contra o sarampo.

O resultado corresponde a 75,6% do público menor de cinco anos, constituído por cerca de 68 mil, e a 66% do segmento de 1 ano a menores de 7 anos, formado por aproximadamente 85 mil. Trata-se do melhor resultado contra a paralisia infantil alcançado no primeiro dia da campanha nos últimos anos no município. A meta, até 1º de julho, é vacinar 95% dos públicos-alvo.

“A vacina tríplice viral é a medida de prevenção mais eficaz contra o sarampo e protege também contra a rubéola e a caxumba. A imunização contra a paralisia infantil também é fundamental para que o vírus causador da doença não volte a circular em Campinas e no Brasil”, afirma Maria do Carmo Ferreira, da Vigilância em Saúde Municipal.

O Brasil está livre do vírus causador da pólio desde 1989, quando o último caso da doença foi registrado, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) o certificado de eliminação da poliomielite. No entanto, enquanto houver circulação do vírus em qualquer região do mundo é necessário continuar com a vacinação, pois há o risco de importação de casos provenientes de países que ainda registram casos da doença, como Paquistão, Índia, Afeganistão e Nigéria. A segunda etapa da campanha contra a paralisia infantil ocorre em 13 de agosto.

Sarampo. O Brasil interrompeu a circulação autóctone do sarampo em 2000. Todos os casos que têm sido registrados nesses últimos dez anos são importados, como ocorre em outros países das Américas que já eliminaram a doença, como Estados Unidos e Canadá. Em 2011, Campinas confirmou um caso importado da doença. A última notificação de caso confirmado da doença na cidade havia ocorrido há 12 anos, em 1999.

Apesar de não ocorrer transmissão sustentada do sarampo no Brasil, atualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Europa enfrenta uma epidemia desta doença, com milhares de casos registrados. Países da África e Oceania também registram surtos.

“Portanto, considerando a situação epidemiológica da doença no Brasil e no Mundo, a chegada do período de férias e as evidências que demonstram que a cada cinco anos ocorre um acúmulo de suscetíveis, Campinas promove esta campanha de seguimento contra o sarampo”, diz Maria do Carmo.

Segundo a sanitarista, o acúmulo de suscetíveis é resultado da soma dos não vacinados com os não imunizados pela falha primária da vacina. Esta situação é capaz de sustentar transmissão autóctone de sarampo e produzir surtos e epidemias.

Volta ao índice de notícias