A
Secretaria de Saúde de Campinas recebeu nesta
sexta-feira, 21 de julho, resultados de exames que
confirmam mais 17 casos de dengue na cidade e vai
intensificar a ofensiva contra o Aedes aegypti,
mosquito que transmite a doença, nas áreas onde foram
notificadas as ocorrências. As ações serão desenvolvidas
nos bairros Cidade Universitária II, Jardim América e
Jardim São Marcos, na região norte; Jardim Nova Europa,
Jardim das Oliveiras, Jardim Puccamp e Campo Belo II, na
região sul; e Jardim Santa Rosa, região noroeste.
Segundo a Coordenadoria de
Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria de Saúde da
Prefeitura de Campinas, os locais já foram trabalhados
no momento em que foi levantada a suspeita.
No
entanto, as ações de combate são ampliadas quando o caso
é confirmado, diz o médico sanitarista André Ricardo
Ribas de Freitas, da Vigilância Epidemiológica da
Secretaria de Saúde. Segundo André, o trabalho inclui
busca ativa para verificar outros casos de dengue nas
imediações, trabalhos de limpeza urbana e mobilização e
informação da comunidade. Não podemos baixar a guarda,
diz André.
O
sanitarista informa que este procedimento de trabalhar
no momento da suspeita e após a confirmação já está
incorporado na rotina da Secretaria. Segundo ele, há um
consenso técnico internacional de que não é factível a
erradicação do mosquito, já que o Aedes aegypti
encontrou no mundo contemporâneo condições favoráveis,
proporcionadas pela urbanização acelerada e mudanças
climáticas, além da intensa utilização de recipientes
descartáveis de plástico e de vidro, considerados
excelentes criadouros.
Não sendo
possível erradicar totalmente o mosquito e não havendo
vacina é necessário manter e aperfeiçoar ações de
combate de maneira a evitar a ocorrência de epidemias e,
principalmente, das formas graves da doença afirma.
Este ano,
desde janeiro, foram notificados 203 casos da doença na
cidade, dos quais 163 são autóctones e 39 importados,
além de um que está em investigação. Neste período
houve um óbito por dengue com complicações. A região
norte é a que tem o maior número de casos, com 66,
seguida da região sul, com 51, e da sudoeste, com 35. As
regiões noroeste e leste têm 27 e 24 respectivamente.
A
Coordenadoria de Vigilância em Saúde de Campinas informa
que, além da Prefeitura - que desencadeia as ações de
vigilância epidemiológica, promove a limpeza urbana e
mobiliza a comunidade -, a população tem que ter
consciência da importância da adoção de medidas para o
controle do mosquito, como não deixar água acumulada em
objetos que podem servir de criadouro.
Denize
Assis