Saúde reforça ofensiva contra Aedes aegypti

21/07/2006

A Secretaria de Saúde de Campinas recebeu nesta sexta-feira, 21 de julho, resultados de exames que confirmam mais 17 casos de dengue na cidade e vai intensificar a ofensiva contra o Aedes aegypti, mosquito que transmite a doença, nas áreas onde foram notificadas as ocorrências. As ações serão desenvolvidas nos bairros Cidade Universitária II, Jardim América e Jardim São Marcos, na região norte; Jardim Nova Europa, Jardim das Oliveiras, Jardim Puccamp e Campo Belo II, na região sul; e Jardim Santa Rosa, região noroeste. Segundo a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Campinas, os locais já foram trabalhados no momento em que foi levantada a suspeita.

No entanto, as ações de combate são ampliadas quando o caso é confirmado, diz o médico sanitarista André Ricardo Ribas de Freitas, da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde. Segundo André, o trabalho inclui busca ativa para verificar outros casos de dengue nas imediações, trabalhos de limpeza urbana e mobilização e informação da comunidade. Não podemos baixar a guarda, diz André.

O sanitarista informa que este procedimento de trabalhar no momento da suspeita e após a confirmação já está incorporado na rotina da Secretaria. Segundo ele, há um consenso técnico internacional de que não é factível a erradicação do mosquito, já que o Aedes aegypti encontrou no mundo contemporâneo condições favoráveis, proporcionadas pela urbanização acelerada e mudanças climáticas, além da intensa utilização de recipientes descartáveis de plástico e de vidro, considerados excelentes criadouros.

Não sendo possível erradicar totalmente o mosquito e não havendo vacina é necessário manter e aperfeiçoar ações de combate de maneira a evitar a ocorrência de epidemias e, principalmente, das formas graves da doença afirma.

Este ano, desde janeiro, foram notificados 203 casos da doença na cidade, dos quais 163 são autóctones e 39 importados, além de um que está em investigação. Neste período houve um óbito por dengue com complicações. A região norte é a que tem o maior número de casos, com 66, seguida da região sul, com 51, e da sudoeste, com 35. As regiões noroeste e leste têm 27 e 24 respectivamente.

A Coordenadoria de Vigilância em Saúde de Campinas informa que, além da Prefeitura -  que desencadeia as ações de vigilância epidemiológica, promove a limpeza urbana e mobiliza a comunidade -, a população tem que ter consciência da importância da adoção de medidas para o controle do mosquito, como não deixar água acumulada em objetos que podem servir de criadouro.

Denize Assis

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