A Prefeitura de
Campinas, por meio da Secretaria de Saúde, mobilizou
nesta segunda-feira, dia 24 de julho, equipes das
Vigilâncias em Saúde (Visas) para ações de combate a
dengue em todas as regiões da cidade, com foco para as
áreas com maior risco de ocorrência de casos. O
município notificou, desde janeiro, 203 casos da doença.
O trabalho
incorpora intensificação das ações de vigilância
epidemiológica, com busca ativa minuciosa de pacientes
com sintomas, combate ao vetor o Aedes aegypti ,
por meio de arrastão de criadouros, vistoria, revisão e
telagem de caixas d´água, ações de educação em saúde,
comunicação e mobilização social.
Região sul.
Hoje, os trabalhos foram realizados nos Jardins Fernanda
e Campo Belo II, na região sul, onde as equipes fizeram
busca ativa de casos suspeitos e ações de educação em
saúde. Segundo a Secretaria de Saúde, a área do Campo
Belo preocupa porque reúne um conjunto de fatores
favoráveis para a manutenção da epidemia de dengue,
entre eles o principal é a condição de infra-estrutura
do local que tem deficiências de abastecimento de água e
conta com fluxo grande de pessoas.
Além disso, a área
localiza-se próxima a grandes rodovias e possui muitos
depósitos de ferros-velhos. Soma-se a estas condições, a
disponibilidade de materiais que podem servir de
criadouros para o mosquito como pneus, pratos e vasos de
plantas entre outros.
Leste. No
Centro da cidade, região leste, agentes comunitários,
ajudantes e supervisores de controle ambiental telaram
caixas d´água, dando continuidade a atividade que teve
início em junho e vai prosseguir até que toda área
central seja percorrida.
As caixas d´água
constituem um berçário favorável para o Aedes aegypti
e têm sido um importante criadouro nesta fase de seca.
Por isso, orientamos a população a cuidar deste
recipiente com limpeza periódica e colocação de proteção
tela mosquiteiro - embaixo da tampa, diz a supervisora
de controle ambiental Sandra Regina Deório Venturato, da
Visa Leste. Ela informa que, com ajuda de agentes
comunitários de saúde e de ajudantes de controle
ambiental, a equipe tem telado entre 6 e 7 caixas d´água
por dia.
Noroeste e
Norte. Amanhã, dia 25, serão intensificados os
trabalhos no Jardim Santa Rosa, região noroeste, com
busca de suspeitos e ações educativas.
Também nesta
terça-feira, das 9h às 16h, no bairro San Martin, região
norte, caminhoneiros que estiverem no Terminal
Intermodal de Cargas vão receber orientações sobre a
dengue e informações sobre sinais da doença, quando e
como procurar o serviço de saúde. A atividade será
desenvolvida pela equipe do Centro de Saúde São Marcos.
Segundo o biólogo
Ovando Provatti, da Visa Norte, a equipe da Visa também
planeja ampliar trabalhos na área do Jardim São Marcos,
Jardim Nova América e Cidade Universitária, onde foram
confirmados casos recentemente.
É fundamental que
as pessoas recebam as equipes. No Jardim Nova América,
principalmente, registramos uma grande pendência - casas
que não podem ser visitadas porque estão fechadas. Os
moradores devem se programar para estar em casa no dia
da ação na sua rua ou, na impossibilidade, deixar a
chave com o vizinho ou um outro responsável para
facilitar o acesso dos técnicos, diz Ovando.
O biólogo afirma
que não existe temporada de dengue e que o combate aos
criadouros precisa ser cotidiano, independente de ser
verão ou inverno. A incidência é maior no período do
verão, quando chove e faz calor, mas a dengue ocorre
durante o ano todo. Por isto, o combate precisa ser
diário ao longo do ano. Além disto a comunidade precisa
ser parceira, diz.
Sudoeste. Na
quarta-feira, dia 26, tem início uma grande operação em
pontos de risco locais que pela natureza de sua
atividade oferecem condições propícias para a
proliferação do Aedes aegytpi de bairros da
região Sudoeste.
Nesta época de
seca, os pontos de risco, como estabelecimentos de
ferro-velho e borracharias entre outros, são os pontos
de reprodução do mosquito. E é importante trabalharmos
estas áreas agora, já que isso nos possibilita chegar na
época de calor e chuvas com menor risco de grandes
epidemias, diz o médico veterinário Cláudio Luiz
Castagna, da Visa Sudoeste.
Os primeiros
sintomas da dengue são febre alta, dores de cabeça e no
corpo e mal-estar geral. O tratamento é feito com
medicação para amenizar estes sinais. A orientação da
Secretaria de Saúde é que a pessoa não se automedique e,
na ocorrência de febre ou mal-estar, procure
imediatamente a unidade de saúde mais próxima.
Denize Assis