Equipes são preparadas para diagnosticar, tratar e notificar casos de Influenza A (H1N1)

15/07/2009

Autor: Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas reuniu-se nesta quarta-feira, 15 de julho, com profissionais da rede pública municipal de saúde para informar sobre o novo Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da Influenza A (H1N1), do Ministério da Saúde.

Mais de 200 profissionais participaram do evento onde foram colocadas as novas recomendações para tratamento e internação e realização de exames em pacientes com sintomas graves de gripe; e para monitoramento de casos suspeitos. Com o novo documento, o objetivo, segundo o Ministério da Saúde, é oferecer tratamento ágil na rede pública a todos que necessitem.

Nesta quinta-feira, dia 16, será a vez das equipes da rede privada serem informadas sobre o novo protocolo. “Campinas vive uma situação epidemiológica de transição, ainda sem evidências de transmissão comunitária. A Secretaria de Saúde tem trabalhado no sentido de promover uma rede bem preparada e estruturada para se antecipar a eventuais mudanças neste cenário. É neste sentido que realizamos estas reuniões”, informa a enfermeira sanitarista Brigina Kemp, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Campinas.

Segundo Brigina, o novo protocolo organiza a assistência e vigilância epidemiológica a partir da gravidade dos casos - mesmo que a pessoa não tenha viajado, portanto, não há mais necessidade de vínculo epidemiológico para investigação – e das situações de surtos.

“Com esta diretriz, o que muda é o papel do profissional de saúde. Antes todos os casos suspeitos eram triados para os hospitais de referência. Agora, somente casos graves serão encaminhados. A coleta de exames também só será feita para casos graves e surtos. Serão notificados apenas casos graves e surtos”, informa Brigina.

A orientação para a população, segundo Brigina, é que procure seu médico ou serviço de saúde que habitualmente costuma usar - não precisa ser um médico dos hospitais de referência. “O profissional de saúde vai avaliar clinicamente, orientar e conduzir cada caso dependendo da condição individual da cada paciente. Além disso, também vai fazer monitoramento clínico para diagnóstico precoce de gravidade. Este médico é que vai encaminhar o paciente, no caso de gravidade – com sintoma respiratório grave -, para o hospital de referência”, diz.

Nesta quinta-feira, dia 16, a Secretaria de Saúde vai divulgar mais um hospital de referência para a Influenza H1N1. Até agora, Campinas conta com o Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp e o Hospital Municipal Mário Gatti.

Casos. Campinas tem 46 casos confirmados de Influenza A (H1N1). Do total, 18 referem-se a pessoas que se infectaram no exterior e 27 são casos secundários. Um caso ainda está em investigação. Os principais locais de provável infecção dos casos importados foram Argentina, Chile e Inglaterra (apenas 1 caso na Inglaterra). Do total de casos, 23 são em homens e 23 em mulheres. A maioria dos casos está concentrada na faixa etária de 20 a 49 anos. Dois são em crianças. Não há casos em pessoas com mais de 60 anos.

A Secretaria de Saúde informa que a maioria absoluta das pessoas infectadas pela nova gripe manifesta sintomas leves, parecidos com os da gripe comum, e se recupera rapidamente. A letalidade média da nova gripe no mundo (0,45%) é igual à da gripe sazonal.

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