46 Nota para a imprensa sobre a Influenza A

08/07/2009

Campinas, 8 de julho de 2009, às 12h

 

Nota à imprensa

 

Ocorrências de casos humanos de Influenza A (H1N1)

1. CASOS EM CAMPINAS

1.1 – A Secretaria de Saúde de Campinas informa nesta quarta-feira, 8 de julho, que foram confirmados 4 NOVOS CASOS de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) em moradores de Campinas – três por exames laboratoriais e um por critério clínico-epidemiológico.
1.2 – Com os novos casos, a Secretaria de Saúde registra um total de 26 CASOS CONFIRMADOS
da doença. Vale lembrar que esses casos são o resultado acumulado desde os primeiros registros de infecção em moradores de Campinas, no dia 19 de junho. A quase totalidade desses pacientes já recebeu alta ou está em processo de recuperação.

1.3 – PARA TODOS OS CASOS estão sendo realizados busca ativa e monitoramento de todas as pessoas que estabeleceram contato próximo com esses pacientes.
1.4 – Até a manhã deste 8 de julho, a Secretaria de Saúde acompanhava
69 CASOS SUSPEITOS no município. As amostras com secreções respiratórias dos pacientes estão em análise laboratorial. Outros 55 foram descartados e 17 deram positivo para Influenza Sazonal.

 

2. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS EM CAMPINAS
2.1 – Dos 26 casos positivos em Campinas, 21 foram confirmados por exames laboratoriais e 5 por critério clínico-epidemiológico. Do total, 12 foram de pessoas que se infectaram no exterior e 8 são de pessoas com vínculos epidemiológicos com pacientes procedentes do exterior. Outros 6 casos permanecem em investigação.
2.2 – Os principais locais de provável infecção dos casos importados foram Argentina e Chile (apenas 2 casos no Chile).

2.4 – Do total, 13 são homens e 13 mulheres. Três casos são de crianças. Cinco são na faixa etária de 10 a 19 anos e os 14 restantes são de adultos entre 20 anos e 59 anos.

 

2. CASOS NO BRASIL (ATÉ 7 DE JULHO)

 

3. CASOS CONFIRMADOS E ÓBITOS NO MUNDO

3.1 – Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até 6 de julho, foram registrados 94.512 casos da nova gripe em 122 países. O número de óbitos foi de 429, com uma taxa de letalidade de 0,45%.
3.2 – Ainda de acordo com a OMS, 35 países têm casos autóctones: Europa (Áustria, Bélgica, Dinamarca, Estônia, França, Alemanha, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Romênia, Eslováquia, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido); Américas (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Guatemala, México, Panamá, Peru e Uruguai); Ásia (Japão); África (Egito) e Oceania (Austrália).
3.3 – Em sete deles, a transmissão do vírus entre pessoas é considerada sustentada: Estados Unidos, México, Canadá, Chile, Argentina, Austrália e Reino Unido.

 

4. RECOMENDAÇÕES:

Diante da situação epidemiológica atual da influenza e considerando: a) o período de férias escolares; b) o início do inverno no Hemisfério Sul; c) o aumento do fluxo de viajantes para os países com transmissão sustentada (Estados Unidos, México, Canadá, Chile, Argentina e Austrália); d) o aumento de casos importados no Brasil; a Vigilância em Saúde de Campinas reforça as medidas de prevenção e proteção individual que neste momento são as mais importantes para reduzir o risco da propagação da doença no município e no País. As medidas são:

- Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável.

- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar.

- Evitar locais fechados com aglomeração de pessoas.

- Evitar o contato direto com pessoas doentes.

- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.

- Evitar tocar olhos, nariz ou boca.

- Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes ou/e roteiro de viagens recentes.

- Não usar medicamentos sem orientação médica.

- Pessoas que estão voltando de outros países, principalmente Estados Unidos, México, Argentina e Chile e apresentarem alguns dos sintomas em até 10 dias após saírem destes países devem: procurar assistência médica no serviço de saúde público ou privado onde costuma ser atendido e informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem e os sintomas.

A Vigilância em Saúde de Campinas reforça a necessidade dos viajantes estarem atentos, procurarem os serviços de saúde no caso de apresentarem sintomas e seguirem as orientações da Vigilância em relação às medidas de precaução para evitar que a doença se propague para seus contatos e para a comunidade.

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