Campinas, 15
de julho de 2009, às 15h
Nota
à imprensa
Ocorrências de casos humanos de Influenza A (H1N1)
1. CASOS EM CAMPINAS
1.1 – A
Secretaria de Saúde de Campinas informa nesta quarta-feira,
15 de julho, que foram confirmados
2 NOVOS CASOS de infecção pelo vírus Influenza A
(H1N1) em moradores de Campinas. As duas pessoas com início
de sintomas nos dias 30 de junho e 1 de julho. Trata-se de
um homem que viajou para a Argentina e uma mulher que não
viajou, mas teve contato com um caso confirmado. Os dois
estão na faixa etária de 20 a 30 anos.
1.2 –
Com os novos casos, a Secretaria de Saúde registra um total
de
46 CASOS CONFIRMADOS da doença. Vale destacar que
esses casos são o resultado acumulado desde os primeiros
registros confirmados de infecção em moradores de Campinas,
no dia 19 de junho. A quase totalidade desses
pacientes já recebeu alta ou está em processo de
recuperação.
1.3 – PARA TODOS OS CASOS está sendo realizada
busca ativa de contatos próximos.
1.4 – Até a manhã deste 13 de julho, a Secretaria de Saúde
acompanhava
38 CASOS SUSPEITOS no município. As amostras com
secreções respiratórias dos pacientes estão em análise
laboratorial. Outros 59 foram descartados e 19 deram
positivo para Influenza Sazonal.
2. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS EM CAMPINAS E
PROVIDÊNCIAS
2.1 – Dos 46
casos positivos em Campinas, 41 foram confirmados por exames
laboratoriais e 5 por critério clínico-epidemiológico. Do
total, 18 foram de pessoas que se infectaram no exterior e
27 são casos secundários. Um caso ainda está em
investigação.
2.2 – Os principais locais de provável infecção dos casos
importados foram Argentina, Chile e Inglaterra (apenas 1
caso na Inglaterra).
2.4 – Do total de casos, 23 são em homens e 23 em mulheres.
A maioria dos casos está concentrada na faixa etária de 20 a
49 anos. Dois são em crianças. Não há casos em pessoas com
mais de 60 anos.
2.5 - É importante ressaltar que a maioria absoluta das
pessoas infectadas pela nova gripe manifesta sintomas leves,
parecidos com os da gripe comum, e se recupera rapidamente.
A letalidade média da nova gripe no mundo (0,45%) é igual à
da gripe sazonal.
2.6 - O monitoramento da circulação do novo vírus no
município está sendo feito pela Secretaria de Saúde, por
meio da Vigilância em Saúde e Vigilâncias Distritais com
apoio dos núcleos de Vigilância dos Hospitais de Referência,
com base no acompanhamento dos casos suspeitos e
confirmados.
2.7 – A Secretaria de Saúde ressalta que já vem se
antecipando a eventuais mudanças no cenário epidemiológico e
mantém uma rede bem preparada e estruturada para enfrentar a
nova gripe. No último dia 3, o MS anunciou novas
recomendações para tratamento e internação e realização de
exames em pacientes com sintomas graves de gripe; e para o
monitoramento de casos suspeitos. Essas medidas, já adotadas
por Campinas, têm o objetivo de oferecer tratamento ágil na
rede pública a todos que necessitem.
3. CASOS NO
BRASIL (ATÉ 8 DE JULHO)
No Brasil, até
dia 10 de julho, foram confirmados 1.027 casos, com quatro
óbitos. No Estado de São Paulo, são 457, sendo que dois dos
dois óbitos no País foram em São Paulo.
4. CASOS
CONFIRMADOS E ÓBITOS NO MUNDO
4.1 – Segundo
a Organização Mundial de Saúde (OMS), até 6 de julho, foram
registrados 94.512 casos da nova gripe em 122 países. O
número de óbitos foi de 429, com uma taxa de letalidade de
0,45%.
4.2 – Ainda de acordo com a OMS, 35 países têm casos
autóctones: Europa (Áustria, Bélgica, Dinamarca, Estônia,
França, Alemanha, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália,
Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Romênia, Eslováquia,
Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido); Américas (Argentina,
Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados
Unidos, Guatemala, México, Panamá, Peru e Uruguai); Ásia
(Japão); África (Egito) e Oceania (Austrália).
4.3 – Em sete deles, a transmissão do vírus entre pessoas é
considerada sustentada: Estados Unidos, México, Canadá,
Chile, Argentina, Austrália e Reino Unido.
5.
RECOMENDAÇÕES:
Diante da
situação epidemiológica atual da influenza e considerando:
a) o período de férias escolares; b) o início do inverno no
Hemisfério Sul; c) o aumento do fluxo de viajantes para os
países com transmissão sustentada (Estados Unidos, México,
Canadá, Chile, Argentina e Austrália); d) o aumento de casos
importados no Brasil; a Vigilância em Saúde de Campinas
reforça as medidas de prevenção e proteção individual que
neste momento são as mais importantes para reduzir o risco
da propagação da doença no município e no País. As medidas
são:
- Ao tossir ou
espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço,
preferencialmente descartável.
- Lavar as
mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois
de tossir ou espirrar.
- Evitar
locais fechados com aglomeração de pessoas.
- Evitar o
contato direto com pessoas doentes.
- Não
compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso
pessoal.
- Evitar tocar
olhos, nariz ou boca.
- Em caso de
adoecimento, procurar assistência médica e informar história
de contato com doentes ou/e roteiro de viagens recentes.
- Não usar
medicamentos sem orientação médica.
- Pessoas com
sintomas de gripe (febre, tosse, coriza e dores de garganta,
de cabeça ou pelo corpo) devem procurar o profissional de
saúde onde habitualmente já se consultam para avaliação do
médico e monitoramento clínico, diagnóstico precoce de
gravidade e investigação epidemiológica de casos graves e
surtos.