Secretaria
de Saúde prossegue com intervenções
para conter a epidemia, considerada grave. Este ano,
foram confirmados 1.396 casos, sendo 1.193 autóctones
O conjunto de ações
desenvolvidas por Campinas para combater a dengue tem conseguido
manter a epidemia sob controle. A incidência da doença
diminuiu muito nos últimos dois meses. A Secretaria de Saúde
chegou a confirmar, em fevereiro, 345 casos autóctones. Em
junho, foram confirmados 42 casos e, em julho, foram perto de
20.
A queda se deve
às medidas de intervenção e também porque é esperado, nesta
época do ano, uma redução dos casos devido à sazonalidade da
doença. A Secretaria de Saúde, no entanto, continua atenta
para detectar qualquer caso suspeito da doença e desencadear as
medidas para conter a transmissão do vírus, já que, embora os
casos tenham reduzido, a transmissão continua.
Nesta
quinta-feira (8 de agosto), equipes da Secretaria de Saúde
continuam as intervenções no Projeto Uruguai, que está
localizado na área de abrangência do CS (Centro de Saúde)
Ipaussurama, na região Noroeste da cidade. A ação é um
trabalho conjunto dos profissionais da Visa Noroeste (Vigilância
em Saúde), da Sanasa e do CS Ipaussurama.
As equipes
pretendem visitar 420 residências em 30 ruas. Para esta
quinta-feira está prevista colocação de telas milimetradas em
caixas d’água de 25 residências, além da limpeza de
recipientes que armazenam o produto.
No sábado (10
de agosto), haverá atividades no Parque Boa Vista, na área do
CS Santa Bárbara, na Região Norte. Lá também será realizada
limpeza em caixas d’água. A ação terá parceria da Ecocamp.
A Sanasa e a
CPFL estão atuando com a Secretaria de Saúde para sensibilizar
a população para a necessidade constante da eliminação de
criadouros, inclusive nos meses de menor incidência da doença.
Neste mês, as duas empresas já começaram a veicular nas
contas a seguinte mensagem: "A dengue é uma doença
grave que ocorre também no inverno. Combata o mosquito. Elimine
qualquer recipiente que acumule água".
Além disso, a
Prefeitura está atuando nos pontos de risco, que são os locais
que oferecem condições propícias para a proliferação do
mosquito que transmite a dengue. Na última terça-feira (6 de
agosto), as Secretarias de Saúde e de Serviços Públicos,
interditaram e iniciaram a remoção das cerca de 150 toneladas
de material acumulados no Ferro Velho do Antenor, localizado na
avenida Rui Rodrigues na esquina com a rua Antônio Augusto, no
Jardim Novo Campos Elíseos, na Região Sudoeste de Campinas.
O Ferro Velho
do Antenor é um problema sanitário grave porque oferece grande
risco à saúde pública, já que é foco de vetores como ratos,
mosquitos, baratas, entre outros. A empresa é clandestina, não
tem autorização de uso, nem alvará sanitário.
Alerta – A
Secretaria de Saúde também tem alertado os profissionais de saúde
para que redobrem a atenção e notifiquem qualquer caso
suspeito da dengue. A falta de detecção dos casos nesta fase
pode acarretar em níveis baixos de circulação do vírus e, conseqüentemente,
num aumento de casos no verão.
A Secretaria de
Saúde também tem sensibilizado os profissionais de saúde para
que eles levem em conta que, apesar da seca, enfrentamos um
inverno atípico, com temperaturas elevadas. Isso aumenta a
probabilidade de que qualquer recipiente ou objeto que acumule
água se transforme num criadouro permanente do mosquito, o que
pode manter níveis baixos de infestação do mosquito e de
circulação do vírus.