Por
meio dele, crianças vão se transformar em multiplicadores e
dar uma força no combate à dengue.
Ações
serão acompanhadas pelos agentes comunitários de saúde e as
famílias serão consultadas para autorizar a participação de
seus filhos
A Prefeitura de
Campinas, por meio da Secretaria de Saúde, implanta, neste sábado
(10 de agosto), na área dos parques Shalon 1, Shalon 2 e Shalon
3, os agentes-mirins da dengue. Estes são crianças da própria
comunidade.
Elas irão
atuar na prevenção da doença e dando orientações para as
famílias sobre a gravidade da doença e a necessidade de
combater o mosquito. E também vão fiscalizar se as famílias
estão eliminando recipientes que acumulam água.
As atividades
dos agentes-mirins serão sempre acompanhadas pelos
profissionais do Centro de Saúde Santa Bárbara e do Distrito
de Saúde Norte, que criaram o projeto. As famílias dos agentes
serão informadas e orientadas e as crianças só participarão
das atividades com a permissão dos pais ou responsáveis.
Para cada dois
quarteirões haverá equipes de três ou quatro agentes-mirins.
Eles irão vistoriar as residências todos os dias. Uma vez por
semana, os agentes comunitários de saúde farão um balanço
dos quarteirões e apontarão os melhores resultados.
A área do
Shalon tem 500 imóveis. A estimativa do CS Santa Bárbara é
que 80% das cerca de 1 mil crianças daquela comunidade se
interessem em atuar como agentes mirins. O CS também está
procurando patrocínio para premiar as crianças com ingressos e
transportes para atividades culturais, como cinema e teatro.
Parceria com o
Corsini – O Distrito de Saúde Leste também desenvolve ações
contra a dengue neste sábado. Profissionais do CS Sousas vão
atuar junto com o Projeto Corsini Itinerante, com uma barraca
com atividades educativas. A barraca estará instalada na Praça
Beira Rio, no Centro de Sousas.
Ferro Velho
- No Distrito Sudoeste, as equipes da Secretaria de Saúde, em
conjunto com profissionais da Secretaria de Serviços Públicos,
da AR 7 (Administração Regional) e da Guarda Municipal,
continuam na próxima semana com a remoção dos materiais
acumulados num Ferro Velho, no Jardim Novo Campos Elíseos.
Nesta semana,
as equipes já removeram perto de 50 toneladas, o que equivale a
um terço de todo material acumulado no local. Os entulhos foram
destinados para o Programa Municipal de Coleta Seletiva.
O
estabelecimento é considerado ponto de risco para dengue, já
que acumula dezenas de toneladas de materiais que podem servir
de criadouros para o mosquito que transmite o vírus da doença.
Além disso, é um problema sanitário grave, já que o local
também é foco de outros vetores como ratos, mosquitos e
baratas, entre outros.
Os agentes de
saúde estiveram na casas instaladas próximas ao Ferro Velho.
Eles orientaram moradores sobre os procedimentos que devem ser
adotados com relação aos animais e insetos que possam aparecer
em suas residências em conseqüência da remoção dos
entulhos.
A região do
Novo Campos Elíseos (que compreende Balão do Laranja e Santa Lúcia),
onde está instalado o Ferro Velho, é uma área histórica com
relação a dengue. Somente este ano, foram confirmados lá 77
casos autóctones da doença.
Números
– Campinas já investigou, desde janeiro de 2002, 9.337 casos
suspeitos de dengue. Do total, foram confirmados 1.402 casos,
sendo 1.200 são autóctones, 177 importados e 25 outros que
ainda estão em investigação.
O número
indica que, para cada caso confirmado, o município investigou
quase 10 pessoas. É um recorde. Isso significa que nosso
sistema de saúde está ativo. É o que a Secretaria de Saúde
chama de busca ativa de casos. Isto diminui muito a
probabilidade de algum caso não ser diagnosticado.
Os últimos
dados da Secretaria de Saúde, atualizados no último dia 8,
apontam que a transmissão continua na área do São Domingos e
Carvalho de Moura, na Região Sul, e na área do Santa Bárbara,
na região Norte.