A
Secretaria de Saúde começou a investigar nesta sexta-feira,
22 de agosto, um surto de rotavírus. Os casos foram
diagnosticados pelo Hospital Celso Pierro, da Pontifícia
Universidade Católica (PUC) de Campinas. Segundo o hospital,
cerca de noventa casos foram notificados nas últimas duas
semanas, sendo que trinta deles apareceram nesta quinta-feira,
dia 21.
A Direção
Regional de Saúde de Campinas (DIR-12) informou na tarde de
ontem que outro surto da mesma gravidade foi constatado ontem
no município de Paulínia.
Os rotavírus
podem ser isolados em alta concentração em fezes de crianças
infectadas e são transmitidos pela via fecal-oral, por
contato pessoa a pessoa. Conforme alerta a enfermeira Brigina
Kemp, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da
Secretaria de Saúde do Município, a infecção pelo rotavírus
varia de um quadro leve, com diarréia aquosa e duração
limitada, a quadros graves com desidratação, febre e vômitos,
podendo causar a morte.
O período de
incubação é de dois dias e a imunidade é incompleta, mas
as infecções posteriores podem ser menos severas que a
primeira.
A enfermeira
esclarece que os sintomas principais da doença são diarréia
aquosa, vômitos e dores abdominais. "A doença pode
evoluir para desidratação grave e, na maioria dos casos, há
a necessidade de hidratação com soro por via
endovenosa", adverte ela.
A melhor
forma de prevenção é reforçar os cuidados com a higiene.
Essa atenção, segundo Brigina, passa pelas práticas higiênicas
tradicionais e universais como limpeza dos ambientes domésticos,
lavagem de mãos antes das refeições, controle da água e
dos alimentos, destino adequado dos dejetos e do esgoto.
A Covisa
divulgou nota ontem para reforçar as orientações para
profissionais da rede municipal de saúde. "Todo
profissional de saúde deve estar alerta para notificar novos
surtos", informa a médica sanitarista Naoko Silveira, da
Secretaria de Saúde. A Covisa informa que aguarda novas
orientações da DIR-12 para esclarecer o diagnóstico etiológico
– causa da doença - e outras providências necessárias
para conter o surto.