As
equipes de saúde do Paidéia registraram, desde a última
quarta-feira, 27 de agosto, dois surtos de catapora (varicela)
e iniciaram investigação de mais quatro casos isolados em
diferentes bairros da Região Noroeste de Campinas, além de
um caso isolado na Sudoeste.
As notificações
ocorreram um dia após a Secretaria de Saúde de Campinas
divulgar informe para todos os serviços da rede municipal de
saúde. De acordo com a nota, as equipes devem estar atentas
para notificar e investigar surtos da doença.
Um dos
surtos, com 19 casos, é de uma escola de ensino fundamental
da Vila Perseu Leite de Barros. O outro, com 12, é de uma
escola de ensino infantil no mesmo bairro. Dos quatro casos
isolados, dois são de escolas na área do Balão do Laranja e
outros dois de moradores do Satélite Íris III e do Satélite
Íris I. A ocorrência da Sudoeste é do Jardim Quarto Centenário.
A estratégia
para o controle da catapora em Campinas foi reforçada na última
terça-feira, 26 de agosto, depois que a Secretaria de Saúde
de Campinas foi informada pela Direção Regional de Saúde
(Dir 12) da ocorrência de surtos em cidades vizinhas. Em
Limeira, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, 750
pessoas já foram atingidas e duas crianças morreram em
decorrência de complicações da doença.
Medidas de
controle
Segundo a
enfermeira sanitarista Brigina Kemp, coordenadora da Vigilância
Epidemiológica de Campinas, os profissionais, ao registrarem
os primeiros casos suspeitos, devem desencadear todas as
medidas de controle necessárias para evitar a disseminação
da varicela e o aparecimento de complicações. "Os
profissionais devem monitorar o aparecimento de casos
novos", diz.
Brigina
explica que a varicela, também chamada catapora, não é uma
doença de notificação obrigatória. No entanto, de acordo
com ela, surtos e epidemias devem ser registrados e
acompanhados para que se conheça melhor o comportamento da
doença.
Saiba mais
– A catapora é uma doença altamente contagiosa e acomete
mais as crianças. No entanto, pode atingir também
adolescentes e adultos que não tenham tido catapora antes.
O vírus que
causa a catapora é especialmente adaptado para atacar a
mucosa do aparelho respiratório e se propaga facilmente de
pessoa para pessoa pelas gotinhas de saliva deixadas no ar ao
falar, espirrar, tossir e também pelo contato direto com as
lesões. Ocorre com mais freqüência no final do inverno e início
da primavera.
Os sintomas são
febre moderada, dor de cabeça, cansaço e mal-estar. As lesões
na pele aparecem, geralmente, primeiro no couro cabeludo e são
mais freqüentes no tronco. Nos casos mais graves, podem
acometer rosto, braços e pernas. Em alguns casos, estão
presentes na boca, garganta e olhos.