Empresa está credenciada para reparar ambulâncias do Samu

29/08/2003

Desde esta sexta-feira, 29, a empresa Arte Mecânica Funilaria Ltda está credenciada para efetuar reparos nas ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência). A Arte Mecânica firmou um contrato emergencial com a Prefeitura, na qual se compromete a efetuar serviços de manutenção e fornecimento de peças para os veículos.

O contrato de emergência, com despesa no valor de até R$ 100 mil, foi firmado após a Secretaria de Saúde abrir processo para cancelar o compromisso com a empresa que vinha descumprindo suas obrigações no reparo e manutenção dos veículos.

Enquanto vigora o acordo de emergência, publicado nesta sexta no Diário Oficial do Município, a Prefeitura aguarda a rescisão oficial do contrato com a antiga oficina. Somente após essa providência é que a Secretaria de Saúde poderá firmar outra licitação.

Desde a semana passada, quando houve o rompimento com a empresa, o Samu tem enfrentado problemas para manter a quantidade necessária de ambulâncias em circulação na cidade. Nesse período, o Samu contou com o apoio do Departamento de Transportes Internos (Deti) da Prefeitura de Campinas, para reparos nas viaturas.

Ontem, segundo informou o médico emergencista José Roberto Hansen, coordenador do Samu, havia cinco ambulâncias básicas e duas UTIs aptas para circular. Atualmente a frota do Samu é composta por onze ambulâncias básicas e três UTIs. Segundo recomendação do Ministério da Saúde, o ideal é uma viatura básica para cada 100 mil habitantes, além de uma ambulância com UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para cada 350 mil.

Desde 2001, a Prefeitura já adquiriu seis novas ambulâncias. A compra de outras quatro já foi homologada em 16 de agosto. A empresa tem um prazo legal de, no máximo, 40 dias para entregá-las. No entanto, segundo Maria do Carmo, a Secretaria de Saúde já pediu que a entrega seja antecipada.

O Samu

O Samu é um serviço que presta atendimento gratuito a qualquer pessoa que necessite de orientação e/ou avaliação em casos de urgência. O serviço existe desde 1996 e, atualmente, recebe 5 mil solicitações por mês. Também realiza o transporte de 2.500 pacientes crônicos, que, sem recursos próprios, carecem de ser transportados para serviços de hemodiálise, fisioterapia e quimoterapia. O custo mensal do Samu é de mais de R$ 700 mil mensais.

Para acionar o Samu basta que o usuário disque para o número 192. A pessoa deve ter calma e informar à telefonista seu nome, a relação que tem com a vítima, o nome do paciente, endereço, bairro, ponto de referência para o atendimento e telefone.

Depois de passar pela telefonista, o usuário é atendido pelo médico regulador, que solicita informações sobre o paciente. A partir destas informações é que é liberada a viatura mais adequada para o atendimento. A pessoa pode ser atendida no local e ser liberada se apresentar melhora ou, dependendo da gravidade do caso, ser encaminhada a um pronto-socorro (PS).

Recurso Federal

O secretário nacional de Saúde, Gastão Wagner de Sousa Campos, reafirmou ontem em Campinas, nas festividades de dois anos da implantação do Programa Paidéia, que o Ministério da Saúde vai investir, a partir de outubro, R$ 193 milhões para a implantação e ampliação de serviços de atendimento móvel de urgência e emergência (Samus) em 238 municípios brasileiros.

Segundo Gastão Wagner, Campinas será um dos primeiros municípios a receber investimentos.

Atualmente, apenas 11 cidades brasileiras, incluindo Campinas, prestam assistência nestes moldes.

De acordo com Gastão Wagner, os municípios devem se credenciar para receber a verba a partir deste mês. Para isto devem apresentar plano ou elaborá-lo em conjunto com o Ministério da Saúde. O projeto prevê recursos para serem investidos em estrutura e recursos humanos e vai disponibilizar 1 ambulância básica para cada grupo de 100 mil habitantes, além de uma ambulância com UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para cada 350 mil.

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