Talita El Kadri
A Secretaria
de Saúde de Campinas reforçou hoje, dia 23 de agosto, a
orientação para que os serviços da rede municipal de saúde
orientem usuários sobre os cuidados relacionados à baixa
umidade relativa do ar. De acordo com o Centro de Pesquisas
Metereológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri),
da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o índice
nesta segunda-feira na cidade chegou aos 25%. Entre 30% e 20%,
é recomendado estado de atenção devido aos riscos
ambientais e para a saúde. E a previsão do Centro é de que
não ocorram chuvas nem alterações nas condições climáticas
na região nos próximos quatro dias.
Os reflexos
ocasionados por esse quadro climático são complicações
respiratórias devido ao ressecamento de mucosas, sangramento
pelo nariz, ressecamento da pele, irritação dos olhos,
eletricidade estática nas pessoas e em equipamentos eletrônicos
e aumento de potencial de incêndios em pastagens e florestas.
As conseqüências para a saúde acometem pessoas de qualquer
idade, mas quem mais sofre, devido principalmente às condições
físicas, são as crianças e os idosos.
A orientação
da Secretaria de Saúde para reduzir os desconfortos e evitar
problemas ocasionados pelas condições atuais do clima é
para a adoção de cuidados como evitar exercícios físicos
ao ar livre entre 11h e 15h, umidificar o ambiente por meio de
vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, entre
outros cuidados.
No caso de a
umidade relativa do ar abaixar de 20% até 12 % - estado de
alerta - a recomendação é, segundo o informe, usar soro
fisiológico para olhos e narinas freqüentemente, evitar
aglomerações em ambientes fechados, suprimir exercícios físicos
e trabalhos ao ar livre entre 10h e 16h, entre outros.
Quando a
umidade relativa do ar atinge um nível abaixo de 12%, o
estado é caracterizado como emergência. Nesta situação a
Secretaria de Saúde determina a interrupção de qualquer
atividade ao ar livre entre 10h e 16h, como aulas de educação
física, coleta de lixo e entrega de correspondência, suspensão
de atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos
fechados como aulas e cinemas, neste mesmo horário, e alerta
também para a importância de manter ambientes internos
umedecidos, principalmente hospitais e quartos de crianças.
Segundo a
diretora técnica do Pronto Atendimento (PA) São José, a médica
emergencista Rita Ferreira, crianças, idosos e portadores de
doenças respiratórias ou pulmonares crônicas, como asma e
bronquite, são os mais atingidos pelas conseqüências da
diminuição da umidade relativa do ar. "As pessoas
sofrem também com as variações bruscas de temperatura e o
alto índice de poluição que tem a dispersão dificultada
por causa da estiagem. Isso faz com que as vias aéreas
ressequem, propiciando a proliferação mais rápida de vírus
e bactérias".
O coordenador
do PA São José, o enfermeiro Edílson Marcos Vicentin,
acredita que, se o quadro climático continuar o mesmo nos próximos
dias, a tendência é de aumento nos atendimentos por agravos
no sistema respiratório. Ele orienta a população para que
procure os serviços de saúde caso apresentem sintomas como
dificuldades para respirar, vômitos freqüentes e
persistentes, febre por mais de três dias e cansaço.
Para
consultar as condições climáticas na cidade acesse o site: www.cpaunicamp.br/prev