A
Secretaria de Saúde de Campinas, por meio da
Coordenadoria de Vigilância e Saúde Ambiental (Covisa),
recebeu ontem, terça-feira, dia 1° de agosto,
notificação de um caso suspeito de febre maculosa,
leptospirose e dengue. Trata-se de um homem de 45
anos que morreu no dia 31 de julho em um hospital
público da cidade. Ele morava no Núcleo Residencial
do Jardim Eulina, região norte da cidade.
Imediatamente após a notificação, a Covisa iniciou a
investigação do caso e desencadeou as ações
preconizadas de vigilância epidemiológica, sanitária
e ambiental e de mobilização e comunicação social na
comunidade.
As
ações de vigilância epidemiológica incluem busca
ativa de outras pessoas com sintomas e, neste
trabalho, a Vigilância conheceu mais três casos
suspeitos de febre maculosa, leptospirose e dengue
-, sendo que dois deles são moradores da comunidade
um deles foi a óbito no dia 23 e um outro mora na
região sul da cidade mas freqüenta um lugar comum
dos outros casos suspeitos este último já recebeu
alta hospitalar.
O
médico sanitarista André Ricardo Ribas de Freitas,
da Covisa, informa que a Secretaria investiga as
três doenças porque alguns sintomas são comuns entre
elas, como febre, dor no corpo e dor de cabeça. Além
disso, segundo André, existe um histórico
epidemiológico entre os casos, já que estas pessoas
freqüentaram um ambiente que oferece risco para as
três doenças, ou seja: com infestação de carrapatos,
com probabilidade de ratos porque existe disposição
de resíduos e com presença de mosquitos.
A
enfermeira sanitarista Brigina Kemp, coordenadora da
Vigilância Epidemiológica da Covisa, informa que
ontem mesmo uma equipe composta por médico,
enfermeiro, biólogo, médico veterinário e agentes
comunitários de saúde iniciou as ações na
comunidade. E, a partir de amanhã, quinta-feira, dia
3, esta mesma equipe, vai contar com reforço da
Superintendência de Controle de Endemias (Sucen).
Vamos
fazer um trabalho de busca ativa de suspeitos das
três doenças, com informação e orientação para a
comunidade sobre sintomas, maneiras de prevenção e
quando e como procurar a unidade de saúde, informa o
biólogo Ovando Provati, da Vigilância em Saúde
(Visa) Norte. Ovando integra a equipe que atua na
comunidade. Também serão promovidas atividades de
inviabilização de criadouros e estão sendo
articulados outros setores da Prefeitura para ações
ambientais mais específicas.
O
biólogo informa que a área tem infestação de
carrapatos e muitos resíduos dispostos
inadequadamente. A comunidade também possui muitos
catadores e recicladores, diz. A orientação, neste
momento, é para que as pessoas não entrem em contato
com a vegetação da lagoa que existe no local. Os
moradores também estão sendo informados sobre como
proceder no caso de sofrerem infestação por
carrapatos.
Segundo a direção da Covisa, a previsão é de que os
exames laboratoriais das amostras colhidas dos
pacientes fiquem prontos em duas semanas.
Denize
Assis