Campinas, 4 de agosto de 2009, às 12h
Nota à imprensa
Ocorrências de casos humanos de
Influenza A (H1N1)
1. CASOS EM CAMPINAS
1.1 -
A Secretaria Municipal de Saúde informa
nesta terça-feira, 4 de agosto, que foram
confirmados
2 NOVOS CASOS
de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) em
moradores de Campinas. Também informa que
foi confirmado mais
1 ÓBITO de
morador de Campinas: uma mulher de 63 anos
que morreu dia 29 de julho.
1.2 - Com os novos casos, a
Secretaria de Saúde registra um total de
102 CASOS CONFIRMADOS
da doença, entre os quais seis óbitos (o
caso notificado hoje, da mulher de 63 anos
que morreu dia 29 de julho;
uma
mulher de 37 anos que morreu dia 23 de
julho; uma mulher de 48 anos que morreu dia
27; uma mulher de 54 que faleceu dia 25 de
julho; uma mulher de 17 anos que morreu dia
31 de julho e havia dado à luz a gêmeos; e
uma mulher de 30 anos que morreu dia 2 de
agosto e que era moradora de outro estado).
Entre estes 102 casos estão computados três
referentes a um surto em creche. Vale
destacar que o total de casos é o resultado
acumulado desde os primeiros registros
confirmados de infecção em moradores de
Campinas, no dia 19 de junho.
A
quase totalidade desses pacientes já recebeu
alta ou está em processo de recuperação.
1.3 - De acordo
o Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância
Epidemiológica da Influenza, de 8 de julho,
baseado em recomendações da Organização
Mundial da Saúde, não está mais indicada a
identificação individual de cada caso de
influenza pelo novo H1N1, mas a notificação,
investigação, diagnóstico laboratorial e
tratamento dos casos com síndrome
respiratória aguda grave (SRAG) e dos grupos
de risco para desenvolver formas graves,
assim como identificação de novos focos da
doença no país.
1.4 –
Dentro deste cenário, comunica que investiga
6 ÓBITOS suspeitos
de Doença Respiratória Aguda Grave (SRAG),
que estão sendo analisados para várias
doenças inclusive para Influenza A (H1N1).
Os exames destes pacientes estão sendo
processados. São 5 mulheres: 26 anos
(comorbidade) falecida dia 1 de agosto; 32
anos (comorbidade) falecida dia 30 de julho;
36 anos (sem comorbidade) falecida dia 17 de
julho; 32 anos (sem comorbidade) falecida
dia 17 de julho; 56 anos (sem comorbidade)
falecida dia 8 de julho; e um homem de 35
anos (comorbidade) falecido dia 20 de julho.
1.5 –
Também analisa 7 SURTOS, em
escolas, serviços de saúde e hotel.
2.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS EM CAMPINAS
E PROVIDÊNCIAS
2.1 –
Dos 102 casos positivos em Campinas, 97
foram confirmados por exames laboratoriais e
5 por critério clínico-epidemiológico.
2.2 –A análise epidemiológica realizada até
o momento indica que a faixa etária mais
acometida tanto pelo vírus H1N1 quanto pelo
vírus da influenza sazonal é a de 20 a 49
anos (70 casos, o que equivale 68,6% dos
casos confirmados). Do total de casos, 43 são em
homens (42%) e 59 em mulheres (58%).
2.3 -
O monitoramento da circulação do novo vírus
no município está sendo feito pela
Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância
em Saúde e Vigilâncias Distritais com apoio
dos Núcleos de Vigilância dos hospitais, com
base no acompanhamento dos casos suspeitos e
confirmados.
2.4 –
A Secretaria de Saúde informa que tem
encaminhado casos graves para hospitais de
referência e disponibilizado suporte técnico
e logístico para toda rede pública e privada
de saúde do município – com disponibilização
de medicamento para casos em que há
indicação conforme Protocolo do Ministério
da Saúde e investigação laboratorial -, para
que todos os pacientes sejam tratados
adequadamente. Essas medidas têm o objetivo
de realizar diagnóstico precoce e
proporcionar tratamento ágil a todos que
necessitem, no sentido de reduzir a
possibilidade de óbitos.
2.5 –
PROVIDÊNCIAS já adotadas por
Campinas: capacitação das redes de saúde
pública e privada; reuniões com setores
hoteleiro, de turismo, comercial, de
educação e com a RMC; reunião com
secretariado e autarquias municipais;
reunião com o Conselho Municipal de Saúde;
elaboração do plano de contingência e
protocolo de atendimento; incremento do
plantão de vigilância; reorganização da rede
de assistência; adiamento do início das
aulas para todas as escolas públicas até dia
17 de julho com possibilidade de
prorrogação, suspensão das aulas na educação
infantil e recomendação da prorrogação das
férias também para a rede privada inclusive
universidades e faculdades. Também foi
adequada a logística de recursos materiais e
humanos; e estão sendo incrementadas
constantemente as ações de comunicação,
informação e mobilização social, tendo sido
firmada recentemente parceria com a Emdec
para uma grande campanha na Rodoviária e
entre motoristas e cobradores.
2.6 – A Prefeitura informa que o início das
aulas na rede pública municipal de educação
foi prorrogado para o dia 17 de agosto. A
medida inclui Centros
Municipais de Educação Infantil (Cemeis),
creches municipais conveniadas, pré-escola,
ensino fundamental e Educação de Jovens e
Adultos. A decisão atinge pelo menos 65 mil
alunos em todo município. A medida visa
conter o avanço da epidemia da nova gripe
(Influenza A H1N1), já que reduz a
capacidade de disseminação do vírus na
comunidade, e preservar a saúde das
crianças, já que o comportamento social dos
pequenos facilita a transmissão entre eles.
3.
RECOMENDAÇÕES:
Diante da situação epidemiológica atual da
influenza, a Vigilância em Saúde de Campinas
reforça as medidas de prevenção e proteção
individual que neste momento são as mais
importantes para reduzir o risco da
propagação da doença no município e no País.
As medidas são:
- Ao tossir ou espirrar,
cobrir o nariz e a boca com um lenço,
preferencialmente descartável.
- Lavar as mãos
frequentemente com água e sabão,
especialmente depois de tossir ou espirrar.
- Evitar locais fechados com
aglomeração de pessoas.
- Evitar o contato direto com
pessoas doentes.
- Não compartilhar alimentos,
copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
- Evitar tocar olhos, nariz
ou boca.
- Em caso de adoecimento,
procurar assistência médica e informar
história de contato com doentes ou/e roteiro
de viagens recentes.
- Não usar medicamentos sem
orientação médica.
- Pessoas com sintomas de gripe (febre,
tosse, coriza e dores de garganta, de cabeça
ou pelo corpo e desconforto respiratório
como dor e dificuldade para respirar) devem
procurar o profissional de saúde onde
habitualmente já se consultam para avaliação
do médico e monitoramento clínico,
diagnóstico precoce de gravidade e
investigação epidemiológica de casos graves
e surtos. Elas não devem ir ao trabalho e à
escola ou a locais de aglomeração de
pessoas. Os hospitais devem ser reservados
para os casos mais graves.