Campinas, 5 de agosto de 2009, às 12h
Nota à imprensa
Ocorrências de casos humanos de
Influenza A (H1N1)
1. CASOS EM CAMPINAS
1.1 - A Secretaria Municipal de Saúde
informa nesta quarta-feira, 5 de agosto, que
foram confirmados 12 NOVOS CASOS de infecção
pelo vírus Influenza A (H1N1) em moradores
de Campinas, sendo
1 ÓBITO
de uma mulher de 32 anos que morreu dia 30
de julho logo após receber atendimento em um
hospital da rede pública de saúde. Ela
apresentava outras doenças anteriores (comorbidade).
Também foi confirmado mais
1 SURTO
em um serviço de saúde, com cinco casos. Os
pacientes deste surto já se recuperaram e
inclusive já foram liberados para retomar
suas atividades normais.
1.2 - Com os novos casos, a Secretaria de
Saúde registra um total de
114 CASOS CONFIRMADOS
da doença, entre os quais sete óbitos (o
óbito de hoje da mulher de 32 anos que
morreu dia 30 de julho; uma mulher de 63
anos que morreu dia 29 de julho;
uma mulher de 37 anos que morreu dia 23 de
julho; uma mulher de 48 anos que morreu dia
27; uma mulher de 54 que faleceu dia 25 de
julho; uma mulher de 17 anos que morreu dia
31 de julho e havia dado à luz a gêmeos; e
uma mulher de 30 anos que morreu dia 2 de
agosto e que era moradora de outro estado).
1.3 - Entre estes 114 casos estão computados
três referentes a um surto em creche e cinco
do surto do serviço de saúde confirmado
hoje. Vale destacar que o total de casos é o
resultado acumulado desde os primeiros
registros confirmados de infecção em
moradores de Campinas, no dia 19 de junho.
A quase totalidade desses pacientes já
recebeu alta ou está em processo de
recuperação.
1.4 - De acordo o Protocolo de
Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica
da Influenza, de 8 de julho, baseado em
recomendações da Organização Mundial da
Saúde, não está mais indicada a
identificação individual de cada caso de
influenza pelo novo H1N1, mas a notificação,
investigação, diagnóstico laboratorial e
tratamento dos casos com síndrome
respiratória aguda grave (SRAG) e dos grupos
de risco para desenvolver formas graves,
assim como identificação de novos focos da
doença no país.
1.5 – Dentro deste cenário, comunica que
investiga
5 ÓBITOS
suspeitos de Doença Respiratória Aguda Grave
(SRAG), que estão sendo analisados para
várias doenças inclusive para Influenza A
(H1N1). Os exames destes pacientes estão
sendo processados. São 5 mulheres: 26 anos (comorbidade)
falecida dia 1 de agosto; 36 anos (sem
comorbidade) falecida dia 17 de julho; 32
anos (sem comorbidade) falecida dia 17 de
julho; 56 anos (sem comorbidade) falecida
dia 8 de julho; e um homem de 35 anos (comorbidade)
falecido dia 20 de julho.
1.5 – Também analisa
6 SURTOS,
em escolas, empresas e hotel.
2.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS EM CAMPINAS
E PROVIDÊNCIAS
2.1 – Dos 114 casos positivos em Campinas,
104 foram confirmados por exames
laboratoriais e 10 por critério
clínico-epidemiológico.
2.2 –A análise epidemiológica realizada até
o momento indica que a faixa etária mais
acometida tanto pelo vírus H1N1 quanto pelo
vírus da influenza sazonal é a de 20 a 49
anos (75 casos, o que equivale a 65%). Do
total de casos, 47 são em homens (42%) e 62
em mulheres (58%). Cinco casos ainda estão
sendo analisados quanto ao sexo e faixa
etária.
2.3 - O monitoramento da circulação do novo
vírus no município está sendo feito pela
Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância
em Saúde e Vigilâncias Distritais com apoio
dos Núcleos de Vigilância dos hospitais, com
base no acompanhamento dos casos suspeitos e
confirmados.
2.4 – A Secretaria de Saúde informa que tem
encaminhado casos graves para hospitais de
referência e disponibilizado suporte técnico
e logístico para toda rede pública e privada
de saúde do município – com disponibilização
de medicamento para casos em que há
indicação conforme Protocolo do Ministério
da Saúde e investigação laboratorial -, para
que todos os pacientes sejam tratados
adequadamente. Essas medidas têm o objetivo
de realizar diagnóstico precoce e
proporcionar tratamento ágil a todos que
necessitem, no sentido de reduzir a
possibilidade de óbitos.
2.5 –
PROVIDÊNCIAS
já adotadas por Campinas: capacitação das
redes de saúde pública e privada; reuniões
com setores hoteleiro, de turismo,
comercial, de educação e com a RMC; reunião
com secretariado e autarquias municipais;
reunião com o Conselho Municipal de Saúde;
elaboração do plano de contingência e
protocolo de atendimento; incremento do
plantão de vigilância; reorganização da rede
de assistência; adiamento do início das
aulas para todas as escolas públicas até dia
17 de julho com possibilidade de
prorrogação, suspensão das aulas na educação
infantil e recomendação da prorrogação das
férias também para a rede privada inclusive
universidades e faculdades. Também foi
adequada a logística de recursos materiais e
humanos; e estão sendo incrementadas
constantemente as ações de comunicação,
informação e mobilização social, tendo sido
firmada recentemente parceria com a Emdec
para uma grande campanha na Rodoviária e
entre motoristas e cobradores.
2.6 – A Prefeitura informa que o início das
aulas na rede pública municipal de educação
foi prorrogado para o dia 17 de agosto. A
medida inclui Centros Municipais de Educação
Infantil (Cemeis), creches municipais
conveniadas, pré-escola, ensino fundamental
e Educação de Jovens e Adultos. A decisão
atinge pelo menos 65 mil alunos em todo
município. A medida visa conter o avanço da
epidemia da nova gripe (Influenza A H1N1),
já que reduz a capacidade de disseminação do
vírus na comunidade, e preservar a saúde das
crianças, já que o comportamento social dos
pequenos facilita a transmissão entre eles.
3. RECOMENDAÇÕES:
Diante da situação epidemiológica atual da
influenza, a Vigilância em Saúde de Campinas
reforça as medidas de prevenção e proteção
individual que neste momento são as mais
importantes para reduzir o risco da
propagação da doença no município e no País.
As medidas são:
- Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a
boca com um lenço, preferencialmente
descartável.
- Lavar as mãos frequentemente com água e
sabão, especialmente depois de tossir ou
espirrar.
- Evitar locais fechados com aglomeração de
pessoas.
- Evitar o contato direto com pessoas
doentes.
- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas
e objetos de uso pessoal.
- Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
- Em caso de adoecimento, procurar
assistência médica e informar história de
contato com doentes ou/e roteiro de viagens
recentes.
- Não usar medicamentos sem orientação
médica.
- Pessoas com sintomas de gripe (febre,
tosse, coriza e dores de garganta, de cabeça
ou pelo corpo e desconforto respiratório
como dor e dificuldade para respirar) devem
procurar o profissional de saúde onde
habitualmente já se consultam para avaliação
do médico e monitoramento clínico,
diagnóstico precoce de gravidade e
investigação epidemiológica de casos graves
e surtos. Elas não devem ir ao trabalho e à
escola ou a locais de aglomeração de
pessoas. Os hospitais devem ser reservados
para os casos mais graves.