Rubéola: Campinas amplia acesso com postos De vacinação em locais de grande público

03/09/2008

Autor: Denize Assis

Na reta final da Campanha Nacional contra a Rubéola, a Secretaria de Saúde de Campinas vai ampliar o acesso à vacinação com a instalação de postos de vacinas em locais que recebem grande número de pessoas. A estratégia, iniciada dia 9 de agosto, termina em 12 de setembro. O objetivo é atingir mais de 370 mil campineiros de 20 a 39 anos. No País, são 70 milhões de brasileiros.

Nesta semana, estão sendo disponibilizados postos na Rodoviária, de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 12h e das 17h às 21h. No Terminal Central, ocorre vacinação nesta quarta-feira, dia 3, das 16h às 19h. No Aeroporto de Viracopos, uma equipe atende a população neste dia 3, das 5h às 12h, e no dia 4, das 12h às 19h e das 20h à 1h.

Na agência do Poupa Tempo da Avenida Francisco Glicério, no Centro, a vacina está disponível todos os dias, das 9h às 17h. A Lagoa do Taquaral vai estar com um posto de vacinas até sexta-feira, dia 5, das 8h às 12h. No Paço Municipal, dia 5, acontece vacinação das 9h às 13h.

No Supermercado Enxuto, na avenida John Boyd Dunlop, um posto de vacinas fica à disposição da população até dia 9, sempre das 17h às 20h. Também na John Boyd Dunlop, no Carrefour, ocorre vacinação dias 3 e 10, das 14h às 17h, e dia 6, das 9h às 14h.O Shopping Unimart também vai atender seu público, de 5 a 12 de setembro, das 17h às 20h, e dia 6 de setembro, das 15h às 20h.

Além destes locais, todos os Centros de Saúde disponibilizam a vacina, cada um no seu horário de funcionamento. Informações sobre o endereço que fica mais próximo da casa de cada cidadão podem ser obtidas pelo telefone 156 da Prefeitura.

“A campanha entra agora numa fase de maior desafio, já que as pessoas que ainda não tomaram a vacina estão com alguma resistência, têm medo ou não estão convencidas da necessidade da imunização. Por isso, a Vigilância em Saúde tem planejado estratégias para captar essa população-alvo. Convocamos as instituições, as escolas e as empresas a participarem desta grande campanha de vacinação, uma das maiores já promovidas no País e a maior mobilização do mundo para imunizar indivíduos adultos”, diz a enfermeira sanitarista Brigina Kemp, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Campinas.

Modelo. Seis observadores e consultores internacionais do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Organização Mundial de Saúde (OMS) desembarcaram, na última segunda-feira, dia 1º de setembro, no Brasil, para acompanhar e conhecer a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Rubéola. Os visitantes chegaram em busca das experiências que poderão ser levadas a outros países. Até quinta-feira, dia 4 de setembro, os observadores se reunirão com técnicos brasileiros em São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro.

Na programação de ontem, dia 1º, os observadores conheceram a estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS), o funcionamento do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e as estratégias do Ministério da Saúde para a eliminação de doenças como o sarampo, rubéola e a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC).

De acordo com o Ministério da Saúde, o planejamento de uma ação grandiosa como esta depende essencialmente de levar em consideração as diferenças regionais e culturais entre as regiões do país. Para atingir o objetivo, o Ministério faz o acompanhamento da campanha nos 5.564 municípios. Em todas as cidades brasileiras, os profissionais receberam treinamento e foram capacitados para orientar a população e monitorar os resultados.

Antes de deixar o Brasil, os observadores participam de uma nova reunião, quinta-feira (4), na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para que possam esclarecer as dúvidas com técnicos brasileiros, opinar sobre o programa e falar das possibilidades de adaptação do modelo brasileiro a seus países.

Referência. O programa brasileiro de imunizações é considerado uma referência mundial pela OPAS. Pela experiência comprovada e atestada internacionalmente, técnicos do Programa Nacional de Imunização já organizaram campanhas de vacinação no Timor Leste e ajudaram programas de imunizações na Palestina, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Os brasileiros também capacitaram técnicos do Suriname e de Angola. Hoje, o governo brasileiro mantém acordos de cooperação técnica com, pelo menos, 13 países.

A OMS estima que existam 110 mil novos casos de Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) a cada ano no mundo. Em 1996, 65 países tinham a vacina de rubéola em seus calendários nacionais de imunização. Em 2006, o número de países passou para 123 países. No Brasil, foram notificados 8.684 casos de rubéola durante o ano de 2007, a maior parte entre homens. Também foram registrados 20 casos de SRC em bebês. . Em Campinas, foram 12 casos de rubéola em 2007, além da notificação de um caso de rubéola congênita, e pelo menos sete casos de rubéola em 2008 (este dado ainda é provisório).

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