77 Nota para a imprensa sobre a Influenza A

03/08/2009

Campinas, 27 de agosto de 2009, às 15h40

Secretaria de Saúde de Campinas

Nota à imprensa

Ocorrências de casos humanos de Influenza A (H1N1)

1. TENDÊNCIA DE DIMINUIÇÃO DE CASOS
 

1. CASOS EM CAMPINAS

• A Secretaria Municipal de Saúde informa nesta quinta-feira, 3 de setembro, que foram confirmados 5 NOVOS CASOS de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) em moradores de Campinas.

• Com estas ocorrências, a Secretaria de Saúde de Campinas acumula 181 CASOS CONFIRMADOS da doença no município. Entre estes casos, estão confirmadas 12 MORTES, sendo oito mulheres e quatro homens. Uma das mulheres que evoluiu para óbito estava grávida.

• Informa, ainda, que recebeu a notificação de 1 NOVO SURTO de síndrome gripal que será investigado para Influenza A (H1N1). A instituição atingida é uma creche pública, que atende a 159 crianças de zero a seis anos de idade. Segundo informações da Vigilância em Saúde há 20 pessoas com sintomas, sendo 16 crianças e quatro monitoras e professoras. Os casos foram registrados em quatro salas. Todos os pacientes estão bem. Nenhum deles está internado. Como medida preventiva, para reduzir o risco neste grupo, a escola terá as atividades suspensas por 7 dias a partir desta sexta-feira, dia 4. A medida segue recomendações do Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde (OMS). Até o momento, estão confirmados 3 surtos no município.

• De acordo com análise epidemiológica da Vigilância em Saúde, Campinas manteve a redução no número absoluto de casos graves de Influenza A (H1N1) na Semana Epidemiológica (SE) 34, de 23 a 29 de agosto. Essa tendência já havia sido observada na SE 33, de 16 a 22 de agosto. No final de julho, a média de casos confirmados por dia era de 4. Este número caiu para 1 nas duas últimas semanas de agosto. Em relação ao número de casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), ou simplesmente casos graves, o número caiu de 20 por dia no final de julho para 5 por dia no final de agosto. No entanto, é necessária análise de um período mais prolongado para concluir que a transmissão do novo vírus A (H1N1) e os casos graves provocados por ele estão diminuindo em Campinas.

• De acordo o Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da Influenza, de 15 de julho, baseado em recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), não está indicada a identificação individual de cada caso de influenza pelo novo H1N1, mas a notificação, investigação, diagnóstico laboratorial e tratamento dos casos com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e dos grupos de risco para desenvolver formas graves, assim como identificação de novos focos da doença no país. Portanto, os casos confirmados em Campinas não representam a totalidade.

• Dentro deste cenário, comunica que investiga 3 ÓBITOS SUSPEITOS de Doença Respiratória Aguda Grave (DRAG), que serão investigados também para Influenza A (H1N1).

 

2. RECOMENDAÇÕES DA OMS PARA USO DE MEDICAMENTOS
• Documento da OMS com recomendações aos países sobre o uso de antivirais no tratamento de pacientes infectados com o novo vírus A(H1N1) reforça o protocolo que o Brasil já vem adotando desde julho. Entre as recomendações está a de que “pacientes saudáveis sem doenças complicadoras (comorbidades) não precisam ser tratados com antivirais”. Veja a tradução do documento e o link para o original (em inglês) em www.saude.gov.br

 

3. PROVIDÊNCIAS
• Capacitação das redes de saúde pública e privada;

• Reuniões com setores hoteleiro, de turismo, comercial, de educação e com a RMC;

• Reunião com secretariado e autarquias municipais;

• Reunião com o Conselho Municipal de Saúde;

• Elaboração do plano de contingência e protocolo de atendimento;

• Incremento do plantão de vigilância;

• Reorganização da rede de assistência;

• Adiamento do início das aulas para todas as escolas públicas até dia 17 de agosto, suspensão das aulas na educação infantil até esta mesma data e recomendação da prorrogação das férias também para a rede privada inclusive universidades e faculdades;

• Adequação da logística de recursos materiais e humanos;

• Incremento constante das ações de comunicação, informação e mobilização social, tendo sido firmadas recentemente parcerias com a Emdec, para campanha na Rodoviária e entre motoristas e cobradores, e com a Unimed Campinas, para campanha entre profissionais de saúde cooperados e para a população em geral;

• Divulgação de orientação técnica para que gestantes trabalhadoras que atuem em contato direto com o público, particularmente na área da saúde, fossem deslocadas para novas atribuições ou afastadas de suas atividades, de acordo com as especificidades de cada local ou, na impossibilidade de transferência, que as instituições estudassem alternativas legais de afastamento temporário destas mulheres;

• Criação do Comitê Assessor Municipal da Influenza A (H1N1), constituído por pessoas que representam outros setores da saúde no município, das áreas científica e de assistência, para somar forças com a Administração Municipal nas decisões, medidas de controle e de assistência aos pacientes. Este comitê já se reuniu duas vezes;

• Ampliação do acesso à medicação a partir de 15 de agosto, data em que os pacientes moradores de Campinas com síndrome gripal e com fator de risco para complicações passaram a ser encaminhados para a retirada do medicamento no Hospital Municipal Mário Gatti – no Acolhimento do Pronto-Socorro –, na avenida Faria Lima, das 7h às 23h, e no Complexo Hospitalar Ouro Verde - na farmácia externa do Pronto-Socorro, na avenida Ruy Rodrigues, 3034, com atendimento 24 horas.

• Na volta às aulas, a Prefeitura intensificou as ações de educação em saúde, informação e mobilização social com a distribuição de 300 mil folhetos entre alunos, pais e professores com orientação sobre a nova gripe, sintomas, orientações sobre crianças com sinais – que não devem freqüentar a escola e precisam de atendimento médico – e sobre afastamento para os alunos com síndrome gripal – que devem permanecer em casa por sete dias após início de sintomas;

• Divulgação de boletins epidemiológicos.

 

4. ÓBITOS NO ESTADO DE SÃO PAULO E NA REGIÃO:

No mundo, segundo a OMS, pelo menos 209.438 pessoas já foram infectadas pelo Influenza A (H1N1). Pelo menos 2.185 morreram por causa da doença. No Brasil, foram confirmados 657 óbitos por Influenza A, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde no dia 26 de agosto. No Estado de São Paulo, foram 261 ÓBITOS. Na Região de Campinas, são mais de 44. No comparativo com os 15 países com maior número de mortes, o Brasil tem a 6ª taxa de mortalidade, que representa o percentual de óbitos em relação à população de cada pais.

 

5. RECOMENDAÇÕES:

A Vigilância em Saúde de Campinas reforça as medidas de prevenção e proteção individual que neste momento são as mais importantes para reduzir o risco da propagação da doença no município e no País. As medidas são:
• Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável.

• Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar.

• Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.

• Pessoas com qualquer gripe não devem freqüentar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas;

• Procure o seu médico ou a unidade de saúde em caso de gripe para diagnóstico e tratamento adequados;

• Não usar medicamentos sem orientação médica. A automedicação pode ser prejudicial à saúde.

 

Para mais informações, disque 156 ou 160 ou acesse www.campinas.sp.gov.br/saude

 

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