Ajudantes de
controle ambiental, agentes comunitários e outros
profissionais do Distrito de Saúde de Norte coletaram pneus,
garrafas, potes e inúmeros outros tipos de materiais
descartados no meio ambiente e que são potenciais criadouros
de mosquito numa ação de combate à dengue ocorrida na última
quarta-feira, 8 de outubro, no Recanto da Fortuna, na abrangência
do Centro de Saúde São Marcos.
De acordo com
Roberto Ribeiro de Souza, supervisor de controle ambiental do
Distrito de Saúde Norte, as equipes aplicaram larvicida biológico
em piscinas e poços das chácaras existentes no local. Também
foram identificadas, segundo Roberto, 23 caixas d´água que
necessitam ser teladas. "Destas, oito estavam totalmente
abertas e três com muitas larvas de mosquito. Coletamos
amostras para análise e vamos iniciar telagem dos recipientes
na próxima semana", diz o supervisor.
Ainda na
abrangência região Norte, nestas quinta-feira e sexta-feira,
9 e 10 de outubro, 15 profissionais de saúde promovem
atividades de combate à dengue em 18 quarteirões nos das
avenidas Rodrigues Alves, Andrade Neves e Barão de Itapura na
área próxima à Rodoviária de Campinas.
Segundo
Nilton Santos Menezes, supervisor de controle ambiental do
Distrito de Saúde Norte, o problema mais grave no local são
as caixas d´água sem tampa, com frestas ou expostas ao
tempo. "Somente na manhã de quinta-feira, identificamos
e coletamos cinco amostras de larvas", afirma Nilton.
Durante a ação,
as equipes colocam telas nos recipientes, conscientizam
moradores sobre a gravidade da dengue e promovem busca de
casos suspeitos. Também vistoriam os quintais e dentro das
casas para identificar e inviabilizar criadouros do mosquito.
Amanhã,
sexta-feira, 10, profissionais de saúde ambiental e técnicos
de alimentos do Distrito de Saúde Norte vão integrar as
equipes para vistoriar estabelecimentos comerciais. Locais que
apresentarem irregularidades serão autuados.
De acordo com
Nilton, as residências do bairro são muito antigas, a
maioria com moradores que desconhecem detalhes simples como a
localização da caixa d’água. "Assim, as equipes
encontraram dificuldades para verificar, em muitos dos endereços,
se reservatórios de água estão devidamente lacrados",
afirma.
O supervisor
diz que o mosquito da dengue, Aedes aegypti, se
reproduz na água e como a caixa d’água é um reservatório
muito grande, em apenas um recipiente podem ser encontradas
milhares de larvas do mosquito. A proliferação do mosquito
é mais um fator de risco para a dengue. E quanto maior a
quantidade de mosquito, maior a disponibilidade de vetores.
"A
constatação reforça o alerta que já havíamos detonado em
agosto após ação na mesma área. Com o trânsito intenso na
Rodoviária, o risco de algum passageiro doente ser picado por
um mosquito e iniciar uma transmissão no local é
enorme", explica Fernanda Borges, supervisora das ações
da dengue da Prefeitura. Diariamente, 12 mil pessoas passam
pela Rodoviária de Campinas.
O primeiro
sinal da dengue é febre acompanhada de um ou mais sintomas
como dor de cabeça e no corpo e manchas avermelhadas na pele.
A Região Norte, onde estão localizados o Recanto da Fortuna
e parte da área da Rodoviária, registrou 103 casos de dengue
desde o início de 2003.