O Sistema
Único de Saúde (SUS) de Campinas acaba de ser habilitado
pelo Ministério da Saúde para realizar cirurgias
cardíacas pelo Hospital Celso Pierro da Pontifícia
Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Até
então, o Hospital das Clínicas (HC) da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp) era o único serviço
credenciado na cidade para este tipo de procedimento.
A medida,
anunciada na tarde desta segunda-feira, 2 de outubro,
pelo secretário de Saúde de Campinas, José Francisco
Kerr Saraiva, atende a antigas reivindicações da
população, dos gestores e trabalhadores do SUS Campinas
e dos administradores municipais.
“É um
grande avanço e uma vitória. Conseguimos assim melhorar
a atenção à saúde da nossa população, com a ampliação e
descentralização da cirurgia cardíaca. Isto significa
que parte dos nossos munícipes não precisam mais se
deslocar para outras cidades para se submeter a estas
cirurgias”, disse Saraiva.
Segundo o
secretário, embora seja restrita a populações
selecionadas, a cirurgia cardíaca tem atualmente uma
indicação precisa e é endereçada a pacientes com uma
gravidade maior, que correm risco de complicações
graves. “E em Campinas temos condições técnicas de
realizar estas cirurgias como em qualquer outro local do
mundo”, afirma.
Com a
habilitação, o Celso Pierro vai poder realizar 24
cirurgias por mês, sendo 12 cirurgias cardíacas e 12
angioplastias. Por mês, 70 pacientes de Campinas são
submetidos a cirurgias cardíacas, 20 das quais são
feitas no HC da Unicamp e o restante em outros
municípios.
Saraiva
afirma que embora este ainda não seja o número ideal,
esta é uma grande conquista para o SUS Campinas. A
diretriz da Secretaria de Saúde é, nos próximos
períodos, aumentar o volume de cirurgias cardíacas
realizadas no próprio município. “Sem dúvida é um marco
histórico”, disse.
Para obter
o credenciamento do Ministério da Saúde para o Celso
Pierro, uma equipe de técnicos da Secretaria de Saúde de
Campinas elaborou projeto junto com profissionais da
Direção Regional de Saúde (DIR XII) com objetivo de
montar a rede para assistência cardiovascular na região.
O credenciamento foi aprovado pelo Conselho Municipal de
Saúde.
O projeto
ainda foi avaliado pelas comissões intergestores
regional e bipartite (CIR e CIB) antes de ser
encaminhado para aprovação do Governo Federal. Com a
habilitação, aumentam também os repasses para o SUS
Campinas. A verba é de aproximadamente R$ 1 milhão por
ano.
Denize
Assis