A Secretaria de Saúde de
Campinas pretende atingir 21 mil cães e 1,6 mil gatos na
quarta etapa da Campanha de Vacinação Contra a Raiva
Animal, no próximo final de semana, dias 7 e 8 de
outubro, na região noroeste da cidade, nos bairros do
eixo John Boyd Dunlop a partir da rodovia Anhangüera.
Mais de 300 servidores
vão trabalhar em 51 postos de vacinação, entre fixos e
volantes, no período das 8h às 17h nos dois dias. As
doses são gratuitas e todos os animais com mais de três
meses, mesmo os que já tenham tomado a vacina este ano e
inclusive fêmeas prenhes ou no período de amamentação,
devem ser vacinados.
No sábado, os postos vão
estar instalados em pontos estratégicos dos bairros
Jardim Ipaussurama, Satélite Íris 1, Vila União, Jardim
Campos Elíseos, Jardim Novo Campos Elíseos, Vila Perseu
Leite de Barros, Parque Tropical, Jardim Novo Londres,
Jardim Roseira, Vila Castelo Branco, Jardim Paulicéia e
Vila Padre Manoel da Nóbrega.
No domingo, os locais de
vacinação serão nos bairros Parque Floresta 1 e Floresta
3, Campina Grande, Residencial São Luís, Residencial São
Bento, jardins Florence 1 e 2, Jardim Rossin, Nova
Esperança, Princesa D´Oeste, Residencial Cosmo, Satélite
Íris 3 e 4, Jardim Novo Maracanã, Jardim Lisa, Jardim
Santa Clara, Parque Valença 1 e 2, Jardim Santa Rosa,
Parque Itajaí 2 e 4 e Parque da Amizade.
O médico veterinário Yuri
Fernandes Feltrin, da Vigilância em Saúde (Visa)
Noroeste, informa que Campinas não registra casos de
raiva em gatos e cães desde 1998, mas que o vírus ainda
circula entre alguns mamíferos, como o morcego, e
reforça, mais uma vez, que é importante e de
responsabilidade dos proprietários levar seus animais
para a vacinação contra raiva todos os anos.
“Gatos e cães têm contato
com outros mamíferos que podem estar doentes e, ao
adquirir o vírus, existe a possibilidade de infectar
pessoas por mordedura, lambedura e arranhadura, mesmo
que não exista agressão”, diz. De acordo com o médico
veterinário, os gatos merecem atenção especial já que os
felinos saem mais de casa e têm instinto de caça. “Desta
forma o risco desta espécie contrair a doença é maior”,
afirma.
A Campanha 2006 já foi realizada nas regiões leste,
sudoeste e norte de Campinas. Na região sul a campanha
acontece nos dias 21 e 22 de outubro. Informações sobre
os postos de vacinação podem ser obtidas pelo telefone
156 ou pelo site www.campinas.sp.gov.br/saude
Saiba mais sobre a raiva:
O que é?
A raiva é
uma doença infecciosa aguda causada por um vírus, que
acomete mamíferos, inclusive o homem, com letalidade de
100%. No Brasil, a raiva humana ainda faz vítimas. Mesmo
no Estado de São Paulo existem regiões com epizootia -
epidemia entre animais.
Quais os sintomas?
Mal-estar geral, pequeno aumento de temperatura. A
pessoa infectada não consegue comer, sente dor de
cabeça, náuseas, dor de garganta, irritabilidade e
inquietude, tem sensibilidade à luz, aumento da
sensibilidade e formigamento e dormência na região da
mordida ou de contato com a saliva do animal raivoso e
delírios, entre outros.
A manifestação da doença clínica é variável, desde dias
até anos, com uma média de 45 dias no homem e de 10 dias
a 2 meses no cão. Em crianças existe uma tendência a
esse tempo ser menor, quando comparado com adultos.
Como se transmite?
A doença é transmitida ao homem principalmente através
da mordedura de animais infectados. Qualquer mamífero
pode adquirir e transmitir raiva. No Brasil os
reservatórios domésticos mais comuns são: cão, gato,
gado e cavalo; e os do ciclo silvestre são: morcego,
macaco, raposa e guaxinim. Os morcegos podem adquirir e
transmitir a doença, mas a maioria não é raivoso. Não é
possível dizer se um morcego é raivoso apenas olhando-o;
a doença só é confirmada por meio de exame laboratorial.
Pode-se suspeitar de um morcego raivoso quando seu
comportamento está alterado.
Ainda existem as possibilidades, mais raras, de se
contrair a doença por contato com material infectado de
um animal raivoso, como a saliva diretamente nos olhos,
mucosas ou feridas. Outros meios que se pode transmitir
a doença são: lambedura e/ou arranhadura de animais
doentes, transplante de órgãos.
Os únicos casos de raiva humana transmitida de pessoa a
pessoa ocorreram entre pessoas que receberam transplante
de córnea.
Como
tratar?
A
assistência médica deve ser procurada o mais rapidamente
possível após a agressão. Quanto ao ferimento: deve-se
deixar sangrar por pouco tempo; lavar abundantemente com
água e sabão e aplicar algum produto anti-séptico. O
tratamento profilático deve ser prescrito pelo médico ou
enfermeiro, que avaliará o caso indicando a aplicação de
vacina e/ou soro. Forneça o máximo de informações ao
serviço de saúde quanto ao animal: se tem dono,
endereço, entre outras.
O TRATAMENTO INDICADO NUNCA DEVE SER INTERROMPIDO.
Se você foi mordido ou a saliva do morcego, ou qualquer
outro animal raivoso, entrou em contato com seus olhos,
nariz boca ou ferimento, procure assistência médica
imediatamente.
Como se prevenir?
É importante manter as vacinações do animal
doméstico em dia e evitar proximidade com animais de rua
ou silvestres. No caso de agressão ou contato com
animais raivosos, é fundamental fazer o tratamento
profilático indicado.
Denize Assis