A
Prefeitura de Campinas vai promover um trabalho
integrado entre diversos órgãos das Secretarias
Municipais para intensificar o combate a dengue em toda
cidade. “Vamos promover um trabalho conjunto, uma união
de forças, com participação efetiva de cada setor para
buscar a meta dengue zero em Campinas”, disse a
Secretária-Chefe de gabinete do Prefeito, Rosely Nassim
Jorge Santos, que coordenou reunião na tarde desta
sexta-feira, dia 27 de outubro, para convocar o trabalho
intersetorial.
Na reunião
estavam presentes, além da Secretária-Chefe de Gabinete
do Prefeito, o Secretário Municipal de Saúde, José
Francisco Kerr Saraiva; o Secretário de Cultura,
Esportes e Lazer e coordenador de Comunicação, Francisco
de Lagos; o diretor municipal de Saúde, Pedro Humberto
Scavariello; o diretor da Defesa Civil Sidnei Furtado
Fernandes; a diretora da Coordenadoria de Vigilância em
Saúde (Covisa), Salma Balista, e outros técnicos da
pasta, além de representantes das Secretarias de
Infra-estrutura; Educação; Secretaria de Planejamento e
Meio Ambiente; de Urbanismo; de Habitação; Sanasa; de
Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública; e os
vereadores Francisco Sellin e José Carlos,
representantes da Câmara Municipal.
O trabalho
intersetorial anunciado nesta sexta-feira integra as
propostas apresentadas pela Secretaria Municipal de
Saúde na semana passada para intensificação das ações de
controle da dengue no município.
Desde
janeiro de 2006 foram confirmados 746 casos de dengue em
Campinas, com a ocorrência de um óbito, o que representa
um aumento de seis vezes em relação ao total de casos de
2005, quando foram registrados 115.
O trabalho
intersetorial incorpora duas frentes principais de
atuação: mutirões de limpeza e destinação adequada de
resíduos – com atuação inclusive em pontos de alto
risco, limpeza de terrenos, podas de mato e retiradas de
folhiços, arrastões para retirada e/ou inviabilização de
criadouros entre outras - e medidas de educação,
comunicação e mobilização social.
Dentro dos
trabalhos de mutirões de limpeza, a partir de agora, as
Secretarias Municipais de Saúde, Educação e Cultura,
Esportes e Lazer, passam a integrar o Prefeitura em
Ação, com o objetivo de que as ações tenham como foco
também o controle e prevenção da dengue. A idéia é atuar
em áreas estratégicas, indicadas pela Saúde e Defesa
Civil com base em critérios técnicos.
O primeiro
mutirão associado com o Prefeitura em Ação acontece já
nos dias 9, 10, 11 e 12 de novembro, na região do Ouro
Verde, região sudoeste. Nos dias 16, 17, 18 e 19, o
mutirão acontece na região norte.
Durante a
reunião, a Secretária-Chefe de gabinete do Prefeito,
Rosely Nassim, destacou a necessidade de que os
trabalhos intersetoriais aconteçam na rotina, todos os
meses do ano e não apenas no verão, quando os longos
períodos de chuva garantem ambiente favorável à
proliferação do mosquito. “O importante é lembrar a
todos que dengue se combate todo dia e exige mobilização
de todos os setores da Administração Municipal”, disse.
Rosely
ainda ressaltou a necessidade do trabalho constante nas
escolas para conscientização e mobilização da comunidade
na luta contra a dengue, já que as crianças também se
tornam multiplicadoras das informações ao compartilhar
com pais e amigos o que aprenderam.
Conselhos
de Saúde também serão envolvidos nos trabalhos e haverá
programações culturais destacando o tema dengue em
terminais de ônibus e escolas. Também serão distribuídos
folderes, cartazes, além de ações de promoção
publicitária. Um jingle será divulgado em carros de som
e haverá uma campanha nos veículos de comunicação.
Epidemiologia
A dengue é
um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A
Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que,
anualmente, 80 milhões de pessoas sejam infectadas em
100 países de todos os continentes, exceto a Europa. Do
total, cerca de 550 mil necessitam de hospitalização e
20 mil morrem em conseqüência da doença.
Campinas
registra transmissão do vírus da dengue há dez anos
consecutivos, com picos epidêmicos em 1998, 2001 e 2002,
sendo que o maior número de casos – 1,4 mil casos - foi
registrado em 2002. Em 2003, houve 450 confirmações; em
2004, 24; e, em 2005, 115.
Os exames
laboratoriais mostram, no município, a circulação do
vírus da dengue dos tipos 1, 2 e 3 nestes anos de
epidemia, sendo que em 2000 houve um óbito de dengue
hemorrágico; na epidemia de 2002 ocorreram 9 casos de
dengue hemorrágico, sem óbitos; e, em 2003, três casos
de dengue hemorrágico, um deles importado.
Denize
Assis