Ação integrada da Prefeitura reforça prevenção a dengue

27/10/2006

A Prefeitura de Campinas vai promover um trabalho integrado entre diversos órgãos das Secretarias Municipais para intensificar o combate a dengue em toda cidade. “Vamos promover um trabalho conjunto, uma união de forças, com participação efetiva de cada setor para buscar a meta dengue zero em Campinas”, disse a Secretária-Chefe de gabinete do Prefeito, Rosely Nassim Jorge Santos, que coordenou reunião na tarde desta sexta-feira, dia 27 de outubro, para convocar o trabalho intersetorial.

Na reunião estavam presentes, além da Secretária-Chefe de Gabinete do Prefeito, o Secretário Municipal de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva; o Secretário de Cultura, Esportes e Lazer e coordenador de Comunicação, Francisco de Lagos; o diretor municipal de Saúde, Pedro Humberto Scavariello; o diretor da Defesa Civil Sidnei Furtado Fernandes; a diretora da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), Salma Balista, e outros técnicos da pasta, além de representantes das Secretarias de Infra-estrutura; Educação; Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente; de Urbanismo; de Habitação; Sanasa; de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública; e os vereadores Francisco Sellin e José Carlos, representantes da Câmara Municipal.

O trabalho intersetorial anunciado nesta sexta-feira integra as propostas apresentadas pela Secretaria Municipal de Saúde na semana passada para intensificação das ações de controle da dengue no município.

Desde janeiro de 2006 foram confirmados 746 casos de dengue em Campinas, com a ocorrência de um óbito, o que representa um aumento de seis vezes em relação ao total de casos de 2005, quando foram registrados 115.

O trabalho intersetorial incorpora duas frentes principais de atuação: mutirões de limpeza e destinação adequada de resíduos – com atuação inclusive em pontos de alto risco, limpeza de terrenos, podas de mato e retiradas de folhiços, arrastões para retirada e/ou inviabilização de criadouros entre outras - e medidas de educação, comunicação e mobilização social.

Dentro dos trabalhos de mutirões de limpeza, a partir de agora, as Secretarias Municipais de Saúde, Educação e Cultura, Esportes e Lazer, passam a integrar o Prefeitura em Ação, com o objetivo de que as ações tenham como foco também o controle e prevenção da dengue. A idéia é atuar em áreas estratégicas, indicadas pela Saúde e Defesa Civil com base em critérios técnicos.

O primeiro mutirão associado com o Prefeitura em Ação acontece já nos dias 9, 10, 11 e 12 de novembro, na região do Ouro Verde, região sudoeste. Nos dias 16, 17, 18 e 19, o mutirão acontece na região norte.

Durante a reunião, a Secretária-Chefe de gabinete do Prefeito, Rosely Nassim, destacou a necessidade de que os trabalhos intersetoriais aconteçam na rotina, todos os meses do ano e não apenas no verão, quando os longos períodos de chuva garantem ambiente favorável à proliferação do mosquito. “O importante é lembrar a todos que dengue se combate todo dia e exige mobilização de todos os setores da Administração Municipal”, disse.

Rosely ainda ressaltou a necessidade do trabalho constante nas escolas para conscientização e mobilização da comunidade na luta contra a dengue, já que as crianças também se tornam multiplicadoras das informações ao compartilhar com pais e amigos o que aprenderam.

Conselhos de Saúde também serão envolvidos nos trabalhos e haverá programações culturais destacando o tema dengue em terminais de ônibus e escolas. Também serão distribuídos folderes, cartazes, além de ações de promoção publicitária. Um jingle será divulgado em carros de som e haverá uma campanha nos veículos de comunicação.

Epidemiologia

A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, anualmente, 80 milhões de pessoas sejam infectadas em 100 países de todos os continentes, exceto a Europa. Do total, cerca de 550 mil necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em conseqüência da doença.

Campinas registra transmissão do vírus da dengue há dez anos consecutivos, com picos epidêmicos em 1998, 2001 e 2002, sendo que o maior número de casos – 1,4 mil casos - foi registrado em 2002. Em 2003, houve 450 confirmações; em 2004, 24; e, em 2005, 115.

Os exames laboratoriais mostram, no município, a circulação do vírus da dengue dos tipos 1, 2 e 3 nestes anos de epidemia, sendo que em 2000 houve um óbito de dengue hemorrágico; na epidemia de 2002 ocorreram 9 casos de dengue hemorrágico, sem óbitos; e, em 2003, três casos de dengue hemorrágico, um deles importado.

Denize Assis

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