Campinas inicia pente-fino contra a dengue na segunda-feira, dia 22

22/10/2007

Autor: Denize Assis

A Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria de Saúde com apoio da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), inicia na próxima segunda-feira, dia 22 de outubro, a operação pente-fino contra a dengue na região sul do município, em bairros considerados de maior risco para a doença.

A intervenção será no Jardim Marisa, na segunda-feira; Campo Belo I e Cidade Singer, no dia 23; Campo Belo II, dias 24 e 25; Gleba B, dia 26; Parque Oziel, dia 29; e Monte Cristo, dia 30.

Os trabalhos serão executados por 73 profissionais, sendo 43 homens da Sucen, 12 ajudantes e supervisores de controle ambiental do Distrito de Saúde Sul e 18 técnicos do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

A previsão é atuar em 8.550 imóveis para realizar inviabilização e remoção de criadouros, telagem de caixa d´água, aplicação de larvicida biológico BTI, aplicação de inseticida em pontos de risco para matar larva e mosquito adulto, nebulização em áreas com transmissão e ações de educação em saúde, informação e mobilização social.

Outras ações. Além da operação pente-fino, na semana que vem, de 22 a 26 de outubro, serão realizados arrastões na segunda-feira, no Cambuí, região leste, e na área dos bairros São Marcos e San Martin, região norte; Na terça-feira, na área dos CSs Balão do Laranja, Integração e Ipaussurama, região noroeste; na quarta-feira, no Jardim Rosália, Real Parque e Jardim Aurélia, região norte; na quinta-feira, na área do Jardim Itatinga, região sudoeste; e, na sexta-feira, no Jardim Estoril, Cidade Jardim e parte da Vila Mimosa, região sul.

Arrastão nesta sexta. Hoje, sexta-feira, dia 19 de outubro, a equipe da Vigilância em Saúde (Visa) Sul promoveu arrastão de criadouros no Jardim Monte Cristo, na região sul. Uma equipe de 10 pessoas atuou de casa em casa para retirar e inviabilizar locais com água parada, onde o mosquito da dengue se prolifera. Foram removidos 1 caminhão de criadouros - entre os quais vasos sanitários sem uso, garrafas, potes, latas velhas e outros – e 1 caminhão de pneus.

Os moradores foram orientados. Anterior à ação, na quarta-feira e quinta-feira, foram realizadas ações de busca ativa de pessoas com suspeita da doença.

Também nesta sexta-feira, houve arrastão de pneus inservíveis na abrangência do Centro de Saúde São Domingos. Os pneus foram levados para o depósito do Departamento de Limpeza Urbana (DLU) – que é utilizado como transbordo - para que tenham destinação ambientalmente adequada e não gerem riscos à saúde pública.

Segundo a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) o pneu ainda está entre os principais criadouros do mosquito da dengue, o Aedes aegypti, por vários motivos: o pneu ainda é muito encontrado no ambiente porque a produção é grande, porque quando não tem mais utilidade é desovado em terrenos baldios e beiras de córregos e porque as próprias borracharias não sabem o que fazer com o pneu sem uso.

“Trata-se de um recipiente preferencial do mosquito por causa da cor, além de ser um dos criadouros mais produtivos porque esconde muito bem o ovo e larva do vento e do sol e, portanto, dentro do pneu o Aedes aegypti fecha seu ciclo”, diz o supervisor de controle ambiental Daniel Dela Líbera Rodrigues, da Visa Sul.

Segundo Daniel, que coordenou as ações desta sexta-feira, além da Prefeitura, que pode e deve fazer a limpeza urbana, ações de vigilância e de educação em saúde, a população tem que participar no combate à dengue, todo dia, olhando o quintal, a caixa d´água, adotando medidas para o controle do mosquito, como não deixar água acumulada em pneus e outros objetos que podem servir de criadouros.

“O resultado efetivo no combate à dengue depende do envolvimento da comunidade, de cada cidadão”, disse. Dela Libera ressaltou importância da campanha de mobilização social Campinas contra a Dengue, lançada na quinta-feira pela Prefeitura com o objetivo de envolver toda a comunidade no combate à doença e estimular cada cidadão a eliminar os locais de água parada, onde o mosquito transmissor se multiplica.

Os primeiros sintomas da dengue são febre alta, dores de cabeça e no corpo e mal-estar geral. O tratamento é feito com medicação para amenizar estes sinais. A orientação da Secretaria de Saúde é que a pessoa não se automedique e, na ocorrência de febre ou mal-estar, procure imediatamente a unidade de saúde mais próxima.

Campinas registrou, em 2007, mais de 4,7 mil casos da doença – casos confirmados laboratorialmente. Deste total, 13 são da forma hemorrágica. Uma pessoa morreu.

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