Faria Lima orienta crianças sobre dengue com teatro de fantoches

11/11/2004

Denize Assis

Para orientar crianças sobre combater a dengue, a equipe do Centro de Saúde (CS) Faria Lima, na Região Sul de Campinas, apresenta para crianças da creche Irmã Dora na próxima quarta-feira, 17 de novembro, o teatro de fantoches Zé dos Criadouros. Durante a apresentação, agentes comunitário de saúde passam conhecimentos sobre a doença, o mosquito transmissor e as formas de prevenção. A atividades será levada também, no dia 30 deste mês, à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).

De acordo com Lídia da Silva Pimenta, agente de saúde do CS Faria Lima, a peça Zé dos Criadouros já foi apresentada em mais de uma dezena de escolas da abrangência do Faria Lima e o trabalho tem surtido bons resultados. "As crianças assimilam muito facilmente as informações e passam a disseminar o que aprenderam entre seus familiares e outros grupos que freqüentam", diz.

Lídia informa que a idéia do teatro de fantoches surgiu e foi colocada em prática pela própria equipe de saúde do CS Faria Lima, que produziu desde os textos dos personagens até os próprios bonecos.

A bióloga Heloísa Girardi Malavasi, da Vigilância em Saúde (Visa) Sul, afirma que o trabalho com as escolas tem sido incentivado pela Secretaria de Saúde e inclui atividades lúdicas como teatro, gincanas e muitas outras. "A receptividade é muito boa, as crianças aprendem facilmente e tornam-se disseminadoras das informações".

Segundo a bióloga, a Visa Sul também planeja levar as ações educativas para outros lugares bastante freqüentados por crianças, como shopping centers. Heloísa diz ainda que a dengue é um dos principais problemas de saúde pública do mundo e exige do poder público ações constantes de prevenção e controle. Mas é necessário também a mobilização da comunidade.

A bióloga explica que o mosquito transmissor da dengue – o Aedes aegypti – encontrou no mundo moderno condições favoráveis para sua rápida expansão. Isso devido à urbanização acelerada, à utilização de materiais não-biodegradáveis, como recipientes de plástico e de vidro, e às mudanças climáticas. Com estas condições, o Aedes espalhou-se por uma área onde vivem 3,5 bilhões de pessoas em todo mundo.

Nas Américas, está presente dos Estados Unidos ao Uruguai, com exceção apenas do Canadá e Chile. Em Campinas, é encontrado em todas as regiões da cidade. O município enfrenta epidemia da doença desde 1998 sendo que, em 2004, registrou o menor número de casos - 22 – desde então.

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