Denize Assis
Para orientar
crianças sobre combater a dengue, a equipe do Centro de Saúde
(CS) Faria Lima, na Região Sul de Campinas, apresenta para
crianças da creche Irmã Dora na próxima quarta-feira, 17 de
novembro, o teatro de fantoches Zé dos Criadouros. Durante a
apresentação, agentes comunitário de saúde passam
conhecimentos sobre a doença, o mosquito transmissor e as
formas de prevenção. A atividades será levada também, no
dia 30 deste mês, à Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais (Apae).
De acordo com
Lídia da Silva Pimenta, agente de saúde do CS Faria Lima, a
peça Zé dos Criadouros já foi apresentada em mais de uma
dezena de escolas da abrangência do Faria Lima e o trabalho
tem surtido bons resultados. "As crianças assimilam
muito facilmente as informações e passam a disseminar o que
aprenderam entre seus familiares e outros grupos que freqüentam",
diz.
Lídia
informa que a idéia do teatro de fantoches surgiu e foi
colocada em prática pela própria equipe de saúde do CS
Faria Lima, que produziu desde os textos dos personagens até
os próprios bonecos.
A bióloga
Heloísa Girardi Malavasi, da Vigilância em Saúde (Visa)
Sul, afirma que o trabalho com as escolas tem sido incentivado
pela Secretaria de Saúde e inclui atividades lúdicas como
teatro, gincanas e muitas outras. "A receptividade é
muito boa, as crianças aprendem facilmente e tornam-se
disseminadoras das informações".
Segundo a bióloga,
a Visa Sul também planeja levar as ações educativas para
outros lugares bastante freqüentados por crianças, como
shopping centers. Heloísa diz ainda que a dengue é um dos
principais problemas de saúde pública do mundo e exige do
poder público ações constantes de prevenção e controle.
Mas é necessário também a mobilização da comunidade.
A bióloga
explica que o mosquito transmissor da dengue – o Aedes
aegypti – encontrou no mundo moderno condições favoráveis
para sua rápida expansão. Isso devido à urbanização
acelerada, à utilização de materiais não-biodegradáveis,
como recipientes de plástico e de vidro, e às mudanças climáticas.
Com estas condições, o Aedes espalhou-se por uma área
onde vivem 3,5 bilhões de pessoas em todo mundo.
Nas Américas,
está presente dos Estados Unidos ao Uruguai, com exceção
apenas do Canadá e Chile. Em Campinas, é encontrado em todas
as regiões da cidade. O município enfrenta epidemia da doença
desde 1998 sendo que, em 2004, registrou o menor número de
casos - 22 – desde então.