A
Prefeitura de Campinas vai mobilizar servidores da
Secretaria Municipal de Saúde entre hoje e sexta-feira,
13 e 17 de novembro, para um mutirão contra a dengue em
pontos de risco nas cinco regiões de abrangência da
cidade – Norte, Sul, Leste, Sudoeste e Noroeste. O
trabalho integra as atividades do município para marcar
o Dia D de Mobilização contra a Dengue, em 18 de
novembro.
A
Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) classifica
como pontos de risco estabelecimentos como borracharias,
ferros-velhos e outros que, pela natureza de sua
atividade, podem favorecer a proliferação do mosquito
Aedes aegypti por acumularem potenciais criadouros –
recipientes que armazenam água.
O
estabelecimento recebe esta denominação - ponto de risco
– porque o número de potenciais criadouros que acumula é
imenso. São pneus, carcaças de carros, latas, tambores
etc, o que representa risco de muitos mosquitos nascendo
deste local, diferente de uma residência que tem sua
importância, mas onde a quantidade e o tamanho dos
criadouros são menores.
Na região
sul da cidade, o trabalho começou às 9h desta
segunda-feira, 13, na avenida Engenheiro Francisco de
Paula Souza, no Jardim Santa Odila, onde quatro equipes
visitaram 22 ferros-velhos, sendo que sete deles
receberam advertência e um foi multado.
As equipes
foram compostas por técnicos da Visa, supervisores de
controle ambiental do Distrito de Saúde Sul e técnicos
do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). A avenida
Engenheiro Francisco de Paula Souza foi escolhida por se
constituir na área onde há maior concentração de pontos
de risco na região sul.
“Para esta
ação, foram escolhidos estabelecimentos mais críticos
onde os técnicos verificaram como estão dispostos os
materiais, orientaram os proprietários e, nos casos mais
graves, advertiram e multaram. Os locais que foram
advertidos vão ter um tempo para se adotar as
providências necessárias. Caso não o façam, podem ser
multados”, informa a bióloga Heloísa Girardi Malavasi,
da Visa Sul. Segundo Heloísa, estes estabelecimentos são
cadastrados pela Visa e recebem as equipes
periodicamente.
O objetivo
principal desta atividade, de acordo com a bióloga, é
promover uma ação mais incisiva e atingir aqueles que ao
longo do ano não atenderam às solicitações para se
adequar e que têm mantido uma positividade ou seja:
criadouros com larvas do mosquito.
Novamente,
os proprietários foram orientados sobre como
inviabilizar criadouros e como organizar os materiais de
maneira que não acumulem água porque o mosquito da
dengue coloca seus ovos onde tem água parada.
Segundo a enfermeira sanitarista Salma Balista, diretora
da Covisa, a luta
contra a dengue exige esforços tanto das autoridades de
saúde quanto da população. “Sem esse empenho, aumentam
os riscos de uma epidemia da doença. Por isso, a
Secretaria de Saúde de Campinas quer manter toda a
sociedade atenta ao problema e promove esta semana uma
série de ações de educação em saúde, comunicação e
mobilização social para marcar o Dia Nacional de
Mobilização contra a Dengue, no sábado”, diz Salma.
A
sanitarista informa que atualmente, no Brasil, vários
Estados enfrentam epidemia de dengue entre os quais
Goiás, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rondônia e São Paulo.
No Estado de São Paulo, municípios como Araçatuba,
Catanduva, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José
do Rio Preto, Hortolândia, Sumaré e Campinas, além do
município de São Paulo enfrentam epidemias.
Em São
José do Rio Preto já foram registrados 12.343 casos.
Ribeirão tem mais de 3.700 ocorrências e Araçatuba e
Catanduva, 2.354 e 2.551 respectivamente. Campinas
registrou este ano 744 casos e é um dos municípios com a
menor incidência (número de casos por 100 mil
habitantes) da doença no interior, com 70,4/100 mil.
Denize
Assis